Bebida extremamente saborosa, o Vinho do Porto é indicado para fechar uma refeição com “chave de ouro”. Mas, diferente de outros vinhos adocicados, ele possui uma história bastante particular.
Acredita-se que ele foi “inventado” meio que por acaso: para evitar que estragasse durante os demorados transportes marítimos, por volta do século 17, os produtores adicionavam ao vinho aguardente feita da própria uva. O que era para ser uma estratégia de conservação acabou se tornando um método de conferir um sabor particular à bebida.
Depois, descobriu-se que a aguardente mata as leveduras presentes na bebida, rompendo o processo de fermentação. Ao perceberem isso, os produtores passaram a controlar o grau de doçura do vinho: adicionando a aguardente no início do processo, o vinho fica mais doce; no final, mais seco.
Há ainda uma lenda que diz que o balançar das caravelas faria uma espécie de remuage (técnica usada na produção de espumantes franceses, na qual as garrafas são viradas manualmente, para melhorar o processo de fermentação) e conferiria mais sabor aos vinhos, mas nada foi definitivamente comprovado.
O nome do vinho vem, logicamente, da cidade portuguesa por onde era escoada a produção. Mas, com o tempo, os fabricantes decidiram estabelecer parâmetros para que um vinho pudesse receber a denominação Porto. Uma delas, e fundamental, é que as uvas sejam cultivadas na região do Douro, no norte de Portugal.
Hoje, há uma profusão de opções de vinhos do Porto, que podem ter diversos níveis de sua-vidade. Quanto à cor, classificam-se em três grandes categorias, cada uma dividida em diversas nuances: branco, ruby (coloração próxima à do vinho tinto comum) e tawny (“alourada”).
Para apreciar todo o potencial de um Porto, deve-se bebê-lo a uma temperatura por volta dos 12 graus. Quente demais, os sabores desvanecem no ar.