Na quarta-feira (23), é o aniversário de nascimento e de morte do mais influente dramaturgo da história, William Shakespeare. Calma, não houve engano. O poeta inglês nasceu no dia 23 de abril de 1564 e, coincidentemente, faleceu no mesmo dia e mês, em 1616. Esta semana, a Inglaterra festeja seus 450 anos com um calendário de eventos que tem como foco a cidade Stratford-upon-Avon, no interior do país, terra natal do poeta e onde estão seus restos mortais. Na quarta-feira haverá uma homenagem coletiva para lembrar seus versos atemporais e suas peças no Shakespeare’s Birthday.
Quatro séculos e meio depois, Shakespeare continua popularíssimo e é um dos personagens famosos mais clicados na internet. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de “Bardo do Avon” (ou simplesmente The Bard, “O Bardo”). Muitos de seus textos e temas continuam revisitados com frequência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that’s the question (Ser ou não ser, eis a questão).
Um mergulho no passado – Como não poderia deixar de ser, a pequena Stratford Upon Avon ficou famosa no mundo e colhe as glórias do filho ilustre, atraindo todos os anos milhares de turistas. Cortada pelo rio Avon, a cidade fica a três horas de Londres e baseia sua economia em Shakespeare. Tudo ali transpira Shakespeare. Das fachadas das lojas aos pratos dos restaurantes, passando pela programação de passeios, há referências de personagens e peças do escritor salpicadas em todo canto. Stratford se mantém preservada, com o casario dos séculos 16 e 17 e o cenário ao redor assegurando a memória da Inglaterra medieval e bucólica.
Humilde residência– Um dos lugares mais visitados é a casa de Shakespearean Henley Street, cheia de lembranças, com guias voluntários, muitas vezes vestidos a caráter, explicando o que acontecia em cada quarto. A cidade tem cinco casas que pertenceram à família do escritor, mais a igreja, onde ele foi enterrado. Outra parada obrigatória é o Royal Shakespeare Theatre, com seu design austero e grandes vidraças. Ali o público é exigente e as peças são encenadas em inglês antigo, com a pontualidade britânica.