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Todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe

21/03/2014
Todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe | Jornal da Orla
Os que são produzidos em outros países são chamados de espumantes. Será? Não é bem assim. Dependendo da região e das uvas com que são elaborados, os espumantes podem ser chamados por diferentes nomes:
 
 Prosecco – Itália (Veneto)
 Asti – Itália (Piemonte)
 Cava – Espanha
 Sekt – Alemanha
 SparklingWine – USA
 Crémant, Blanc de blanc, blanc de noir – França (qualquer outra região que não seja Champagne)
 
O vinho lambrusco não é espumante. É frisante, pois o gás é introduzido artificialmente (diferente dos espumantes).
 
Elaboração
 
Espumantes são vinhos elaborados de uma forma especial, que preserva o gás carbônico produzido naturalmente durante a fermentação. Por isso, esses vinhos contêm gás, na forma de pequenas bolhas, que trazem ao paladar uma sensação diferente e agradável.
 
Existem vinhos espumantes em praticamente todos os países vinícolas, como as Cavas na Espanha, o Sekt na Alemanha e o Asti e o Prosecco na Itália. A maioria deles é elaborada através dos métodos criados na França para elaboração de seus espumantes: o Método Champenoise, para a elaboração dos sempre famosos Champagnes, e o Charmat, pelo qual são feitos os espumantes de menor qualidade.
 
MÉTODO CHAMPENOISE
O método Champenoise foi desenvolvido na França, na região de Champagne, onde nasceu este vinho tão especial, por suas bolhas e seu charme. Foi o único método de elaboração disponível até o surgimento de práticas industriais que levaram ao método Charmat. Até hoje o método Champenoise é utilizado nas famosas casas francesas da região de Champagne, por ser o método que garante uma qualidade superior aos vinhos assim produzidos. Devido à sua característica artesanal, este método encarece os espumantes assim elaborados, se comparado o com o método charmat.
 
MÉTODO CHARMAT
O método Charmat é um procedimento mais moderno para produzir espumantes com dupla fermentação, em que a elaboração acontece em maiores volumes, geralmente grandes tanques de inox, o que reduz os custos de produção. A segunda fermentação acontece com o tanque fechado, gerando da mesma forma a pressão do gás carbônico. Ao final, o espumante pronto é transferido sob pressão para o setor de engarrafamento, onde é adicionado o licor de expedição e a garrafa é fechada com rolha e gaiola. O método utilizado no espumante geralmente consta do rótulo (Tradicional ou Charmat).
 
Com esta breve explicação, agora e só vocês degustarem. Não esqueçam: o melhor vinho é aquele que você gosta! 
 
Enoabraços! Até a próxima semana!