Na terça feira (11), na Piccola Forneria, teremos uma palestra e degustação de vinhos brancos portugueses, mais precisamente da vinícola Aveleda, produtora de bons vinhos brancos e verdes, entre eles o famoso Casal Garcia. A apresentação será por conta do sommelier (em Portugal, diz-se escansão) José Santanita. Vou aproveitar e dar uma pincelada na história dos vinhos verdes, como forma de aquecimento aos interessados.
Acho que é uma curiosidade de todos o porquê deste nome. Pergunto ao Santanita e aí vem a explicação: por causa da região, pois devido ao aspecto verde e fresco da paisagem da minhota, que dura o ano todo (inclusive nos meses de verão), o verde região é acentuado pelo verde das vinhas, que subiam pelas árvores (os tradicionais enforcados) e se expandiam pelas borraduras dos campos de cultivo, ramadas e latadas.
Estes vinhos têm sua área demarcada no noroeste de Portugal, quase na divisa com a Espanha. Esta denominação é autêntica entre as regiões do Douro e Minho, em uma altitude de aproximadamente 700 metros. São estes um dos tipos de vinhos mais antigos de Portugal – temos comprovação de sua origem desde o século XII. Foram os primeiros vinhos portugueses a serem exportados para a Inglaterra e Alemanha. A regulamentação e a orientação para a qualidade dos vinhos (DO) surgiram no início do século XX , sendo criada a sua demarcação pela primeira vez em setembro de 1908 .
São vinhos refrescantes e com baixa graduação alcoólica (entre 8 e 11,5). Os mais conhecidos no Brasil são os brancos, mas também são produzidos tintos e espumantes. Produz -se com as castas de uvas brancas denominadas de Alvarinho, Arinto, Avesso e Loureiro (as principais), e as tintas, Borracal, Vinhão e Souzão. Estes vinhos costumam ser tomados jovens e gelados, o branco entre 8 a 10 graus; já o tinto, entre 12 e 15 graus .
Os vinhos verdes brancos apresentam normalmente a cor amarela cítrica, aromas frutados e florais e com grande frescor de boca.
Os verdes tintos têm sua cor vermelha intensa, com aromas de frutas silvestres na boca. São refrescantes e saborosos, pedindo comida de preferência com gordura.
Enoabraços e até a próxima semana!
