Assistimos como consequência da polarização permanente da política nacional o fanatismo explodindo dos dois lados, ofuscando a possibilidade da discussão dos verdadeiros problemas do país. A narrativa infantil de Lula em um discurso proferido há poucos dias, de que a Lava Jato foi fruto do conluio do Departamento de Estado dos EUA com Juízes Federais e Procuradores da República é idêntica àquela feita quando da visita de Maduro ao Brasil, dizendo que a Venezuela é uma democracia perseguida pela fome norte-americana pelo petróleo daquele país.
Vamos voltar no tempo e perguntar qual a diferença dessa narrativa infantil daquela que questionava as urnas eletrônicas ou de que as vacinas contra a Covid poderiam matar? As consequências? Ora, se os Bolsonaristas deixaram de tomar vacina ou acamparam em frente aos quartéis, os Lulistas apoiam a volta da corrupção nas estatais como salvação da soberania brasileira. É difícil entender como funciona a cabeça dessas pessoas que não conseguem enxergar cores ao invés do preto e branco relativo ao bem contra o mal.
O petróleo saudita é saudita. Para ser explorado paga royalties e tributos aos seus donos, não importando qual a nacionalidade da empresa que o extrai e comercializa. A empresa de petróleo saudita apenas organiza os contratos de extração e prospecção. Se a Petrobrás fosse privada o Brasil produziria menos petróleo? Ganharia menos com a produção? E se a empresa ao invés de produzir, ficasse apenas com o refino e a distribuição? Talvez não fosse a solução para os preços que a economia brasileira paga pelo combustível que reflete em todos os outros preços?
Não conseguimos pensar nos verdadeiros problemas enquanto continuamos a discutir pontos de vistas superados de ambos os lados. Ninguém quer olhar pra frente, querem apenas discutir sabendo que um lado nunca convence o outro.
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