Cubatão apresentou na quarta-feira (14/6), o projeto preliminar de urbanização da Vila dos Pescadores, comunidade situada às margens do Rio Casqueiro e do manguezal que possui cerca de 16 mil moradores. O objetivo foi apresentar detalhes e discutir o plano diretor e urbanístico do bairro, que contempla da infraestrutura básica à construção de 80 casas flutuantes à beira do rio. Após adequações, o pré-projeto será discutido junto à comunidade da Vila.
O pré-projeto é fruto de um estudo de 10 meses realizado por servidores da Secretaria Municipal de Habitação em parceria com a Comviva, empresa de Arquitetura e Urbanismo, contratada pela Prefeitura para esta finalidade. O conceito urbanístico do projeto traz uma série de novidades, a começar pela construção de casas flutuantes com estrutura de aço naval e madeira ecológica, totalmente sustentáveis, ancoradas em um píer de acesso.
“É uma inovação que esse tipo de moradia chegue às pessoas de baixa renda. Nosso objetivo, também, é de que a comunidade da Vila dos Pescadores não perca sua identidade e sua essência que naturalmente passa ali pelo Rio Casqueiro”, disse o prefeito de Cubatão Ademário Oliveira.
O plano diretor urbanístico da Vila dos Pescadores contempla construção de moradias de interesse social, dividida em duas etapas, totalizando 1.329 unidades e a criação de cerca de 650 lotes habitacionais – processo ainda em estudo. Há previsão de implantação de equipamentos públicos essenciais, como escola, praças, unidade de Saúde e de Assistência Social, áreas de lazer.
Também foram apresentadas propostas sobre mudanças na mobilidade urbana, como a construção de um viaduto que ligará diretamente a Av. Tancredo Neves à Vila dos Pescadores, readequação de três passarelas de acesso do bairro ao Jardim Casqueiro, reestruturação da Av. Ferroviária, aberturas de novas vias dentro do bairro e construção de bolsões de estacionamento.
“O trabalho da Sehab teve início já há algum tempo quando realizamos o georreferenciamento de toda a Vila dos Pescadores que identificou quantas casas existem, o cadastramento social que levantou o número de famílias que habitam o local e fez um diagnóstico socioeconômico. Pensar a urbanização de um bairro não é somente projetar a construção de moradias de interesse social: há um planejamento gigantesco para que essa comunidade viva com dignidade e permaneça no seu bairro”, afirmou Andrea Castro, secretária de Habitação de Cubatão.
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