O número de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo no estado de São Paulo está crescendo. De acordo com o Painel Estatísticas Vitais – Casamentos, da Fundação Seade, no universo de 47.980 matrimônios registrados nos Cartórios de Registro Civil no primeiro trimestre de 2023, 1053 deles representaram casamentos homoafetivos. O dado é 6% maior que as 991 registradas no mesmo período de 2022.
De acordo com o levantamento, nas faixas etárias compreendidas entre menos de 20 anos e de 65 anos ou mais, as uniões de mulheres com mulheres são mais frequentes nas faixas mais jovens. A população masculina equilibra a diferença apenas no indicador a partir dos 50 anos, sendo a maioria nas faixas etárias mais avançadas.
De modo geral, tanto homens quanto mulheres em registros homoafetivos tendem a se casar mais tarde, a partir dos 30 anos; e os homens sempre apresentaram idade mais avançada. Apesar das variações observadas entre 2013 e 2022, as idades médias femininas variaram entre 34 e 36 anos e as masculinas entre 35 e 39 anos.
“Se antes as uniões civis homoafetivas representavam apenas 0,5% do total de casamentos no território paulista, hoje já chegam a 2%, o que nos mostra que há uma demanda reprimida”, observa a pesquisadora da Divisão de Projeções Populacionais do Seade (Dipop), Rosa Maria Vieira de Freitas.
De acordo com Freitas, ainda é preciso acompanhar os números do estado por mais tempo para se falar em tendência. Os casamentos homoafetivos são um evento recente: a norma obrigando os cartórios a realizarem casamentos entre casais do mesmo sexo foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2013.
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