Saúde

Doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas podem ser controladas

26/05/2023
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As doenças inflamatórias intestinais não têm cura e, por isso, podem comprometer a qualidade de vida do paciente para o resto da vida. A maneira mais eficaz de enfrentá-las e fazer o quanto antes e adotar medidas que busquem o seu controle, evitando crises.

Segundo o Ministério da Saúde, de cada 100 mil habitantes, 80 convivem com uma Doença Inflamatória Intestinal (DII). As mais recorrentes são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

Retocolite ulcerativa

A inflamação ocorre no intestino grosso e o sintoma mais comum é a diarreia, muitas vezes com presença de sangue e muco, antecedida de cólica abdominal intensa.

Doença de Crohn

Pode atingir todo o tubo digestivo, da boca ao ânus. Os sintomas dependem a localização da doença, mas a dor abdominal crônica é o mais frequente. É comum os pacientes apresentarem perda de peso e anemia sem explicação, além de complicações próprias da doença, como fístulas e estenoses.

Causas

A gastroenterologista Bianca Schiavetti explica que as DII atingem pessoas com predisposição genética e as crises são desencadeadas por gatilhos ambientais (dieta industrializada, tabagismo, excesso de uso de antibióticos, infecções) que alteram a microbiota (variedade de bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos presentes no intestino) e seu sistema imunológico, gerando a inflamação.

As DIIs podem acometer pessoas de todas as idades, com ocorrência maior entre 15 e 35 anos e nas mulheres. Nas crianças, o retardo do crescimento com baixa estatura e baixo peso pode ser o único sintoma durante anos até a primeira manifestação intestinal.

Como enfrentar Doenças Inflamatórias Intestinais

“A única forma de mudar a história destas doenças é o diagnóstico precoce, a correta instituição e acesso ao tratamento multidisciplinar. O objetivo do tratamento é o controle total da inflamação, o que chamamos de remissão. Para isso, é necessário o uso de medicamentos de forma contínua, podendo ser orais ou injetáveis”, explica a gastroenterologista, que é responsável pelo Ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais da Prefeitura de Santos.

Santos é a única cidade da Baixada santista a manter o serviço especializado na rede municipal de saúde, que atende cerca de 200 pacientes atualmente. Como parte da campanha Maio Roxo, que tem o objetivo de alertar para essas doenças, foram intensificadas as ações de orientação e diagnóstico. Na terça-feira (30), das 9h às 12h, ela ocorre no Ambulatório de Especialidades da Zona Noroeste.