E se acontecesse como nos filmes? Se espalhasse rápido e contaminasse todo mundo.
E se causasse um estrago? De todas as formas.
E se fosse a última vez que a gente conversasse? Se soubéssemos que não haveria outro beijo, que
aquele tchau teria sido o último, ou que o almoço de domingo não aconteceria mais?
E se ficássemos sem poder nos ver, nos reunir, nos abraçar?
E se soubéssemos que tudo iria mudar? Que você não chegaria mais no mesmo horário e que as
mensagens de “bom dia, eu te amo” iriam cessar?
E se eu não pudesse mais te ver?
Não pudesse mais ouvir tua voz?
Se eu não pudesse mais abrir um pouco a porta e te olhar, toda orgulhosa, enquanto você dorme?
E se você soubesse que a segunda não chegaria? Que a semana pareceria mais longa, ou que o
final dela já nem importaria?
E se você soubesse que teria sido o último dia, a última noite?
Você ainda se lembra da última festa?
E se soubesse que seria a última vez?
E se essa tal taxa for maior? E se ela aumentar?
E se for baixa, mas você fizer parte?
Não me importam os números. Se você estiver neles, para mim é 100%.
E se houvesse uma chance? Vai que ela fosse fácil.
E se a gente só tivesse ficado em casa?