É numa final de campeonato que o craque se destaca; é num momento de crise que o herói aparece. Justamente de modo contrário está sendo o comportamento da equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes. Após ficar duas semanas atônito, o governo começou a anunciar medidas a conta-gotas, mas que ainda não surtiram efeito.
Mais uma vez, o Congresso Nacional assumiu o protagonismo e conseguiu aprovar um programa de renda mínima, propondo um valor de R$ 500. Jair Bolsonaro, que antes tinha anunciado ínfimos R$ 200, mudou de posição e, no melhor estilo “mas eu cuspo mais longe”, aumentou para R$ 600. Melhor assim.
Analistas econômicos das mais diversas vertentes são unânimes em afirmar que dependem do governo federal ações concretas para atenuar os efeitos da pandemia na economia. Na sexta-feira (27), após muita letargia, anunciou uma linha de crédito para ajudar empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano a pagarem os salários de seus empregados. Menos mal.
Mas a economia brasileira precisa muito mais que isso. Autônomos, micro e pequenos empresários esperam (e merecem) medidas mais efetivas. A bola está com Paulo Guedes.