Em Off

Bolsonaro brinca em momento que exige seriedade

07/03/2020
Bolsonaro brinca em momento que exige seriedade | Jornal da Orla

Enquanto a Baixada Santista chorava seus mortos e buscava resgatar sobreviventes dos soterramentos, o presidente Jair Bolsonaro tentava ser engraçado ao lado do palhaço Carioca, na porta do Palácio do Planalto. 

 

“O presidente não veio, não ligou, não mandou mensagem pelo WhatsApp, nada!”, alfinetou o governador João Doria. 

 

Ao mesmo tempo que ignorou solenemente a tragédia, Bolsonaro quis fazer piada com outro grave problema, o raquítico crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto do país. “O que é PIB”, perguntou, em meio a risadas de apoiadores incondicionais localizados no já tradicional curralzinho instalado no local.

 

O minúsculo crescimento do PIB reflete a estagnação econômica do país: as fábricas, produzem menos, o comércio vende menos, há menos empregos e renda, menos investimento público em saúde, educação e segurança. A alegação de que é “culpa do PT”, já perdeu o prazo de validade.

 

Decepção
Mais uma vez, Jair Bolsonaro não teve um comportamento digno do cargo que ocupa, decepcionando uma parcela significativa dos eleitores que depositaram seus votos de confiança nele, em 2018.

 

Entre os eleitores de Bolsonaro, há uma parcela que ainda o apoia incondicionamente — mesmo com as denúncias que recaem sobre ele e seus filhos, o desempenho desastroso de vários de seus ministros e seu comportamento grosseiro. Mas uma parte mais significativa de as pessoas que votaram nele, com objetivos nobres e otimistas, está francamente decepcionada e estarrecida.

 

A economia do país não melhora, os retrocessos nas mais diferentes áreas saltam aos olhos… Até quando?

 

Show de horrores
Bolsonaro achou engraçado o humorista tentar distribuir bananas para jornalistas e fazer piada com assunto sério. Para completar o circo, o deputado federal Sargento Fahur disse para Carioca: “Gostei de você, vou matar por último”.

 

Fahur é o mesmo que certa vez, ao efetuar uma prisão, disse que o bandido tinha escrito o próprio nome no boné: Harley Davidson.

 

Foto: reprodução