O PSB é o primeiro partido de esquerda brasileiro a criticar publicamente o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Na sexta-feira (29), a legenda aprovou uma nota de repúdio ao ditador e anunciou a sua saída do Foro de São Paulo, que reúne partidos e esquerda e políticos da América Latina. A decisão foi aprovada por 85% dos membros da direção nacional do partido.
O PSB aponta os registros de “graves violações dos direitos humanos, civis, políticos e econômicos” para justificar o rompimento com o ditador da Venezuela.
Enquanto o PSB rompe com Nicolás Maduro, o tirano venezuelano continua com o apoio incondicional do Partido dos Trabalhadores e demais agremiações que integram a chamada esquerda brasileira.
Vitória de França
O rompimento com Maduro e a saída do Foro de São Paulo representam uma vitória para o ex-governador de São Paulo, Márcio França, que integra a ala moderada do partido.
Políticos próximos a França acreditam que ele só não conseguiu a reeleição em São Paulo pelo fato de o PSB ser identificado, por parcela importante do eleitorado, como um partido de esquerda mais radical.
Como França deve disputar a Prefeitura da Capital, a decisão da direção nacional do PSB de romper com Maduro e sair do Foro de São Paulo, pode impulsionar sua candidatura, facilitando alianças com partidos do chamado centro político.