Em relação à nota publicada pelo Jornal da Orla, na edição de 10 de agosto, com o título "Deputada caiu no golpe do “na volta a gente compra”, a deputada federal Rosana Vale enviou a seguinte nota:
“Quero esclarecer que desde o início das discussões, me posicionei contra alguns itens propostos na Reforma enviada ao Congresso pelo Governo (redução do BPC, capitalização, aumento no tempo de contribuição para aposentadoria rural, desconstitucionalização). Nas reuniões com sindicatos sempre esclareci que entendia a necessidade de uma Reforma da Previdência, desde que fossem feitas mudanças no texto originalmente proposto, com adequações mais justas.
Minha posição está documentada em artigos de jornais e entrevistas divulgadas ao longo dos últimos meses. Durante as discussões, na Comissão Especial, a Reforma da Previdência foi bastante alterada, inclusive com todas as mudanças sugeridas pelo meu partido, o PSB. Foram retiradas a maior parte dos itens que os partidos de oposição eram contrários.
Estudei bastante o projeto, ouvi especialistas e não preciso de justificativas para saber que a reforma é impopular, mas necessária. O país está quebrado e prestes a não conseguir mais pagar as aposentadorias.
Em relação à questão a pensão por morte, votei para derrubar este artigo durante o primeiro turno e também no segundo. Mas fui voto vencido. No destaque sobre as regras mais brandas na aposentadoria dos Professores e policiais tivemos êxito.
Não teve ‘‘conto,” nem na volta a gente compra”, expressões que correm por conta da opinião pessoal do jornal.
Nota da Redação:
A resposta da deputada confirma os termos do comentário publicado pelo jornal. A parlamentar acreditou na promessa do governo de que alguns itens da proposta seriam alterados, por meio dos destaques. O resultado da votação no segundo turno confirmou o que diversos parlamentares alertavam: as propostas do governo em questões como BPC e aposentadoria rural prevaleceriam, com a derrubada dos destaques na votação em segundo turno. Foi por não acreditar que estas mudanças seriam de fato feitas que o partido da deputada, o PSB, orientou toda a bancada a votar contra o projeto. Portanto, só acreditou no “na volta a gente compra” quem quis.