Grandes manifestações populares em defesa do governo Jair Bolsonaro, convocadas em redes sociais, estão marcadas para este domingo (26) nas principais cidades brasileiras. Em Santos, o evento acontece a partir das 15 horas na Praça Independência, tradicional ponto de eventos populares. Na internet circula um vídeo, inspirado na abertura da série Game of Thrones, com informações sobre as cidades e os horários das manifestações.
O evento divide opiniões mesmo entre apoiadores do governo, já que uma parte dos seguidores de Bolsonaro entende que não é o momento de fazer críticas aos poderes Legislativo e Judiciário. Outros seguidores do presidente, no entanto, consideram que reformas necessárias – como a da Previdência e o pacote anticrime de Sérgio Moro – só serão aprovadas pelo Congresso se houver forte pressão popular. O mesmo acontece em relação ao STF (Supremo Tribunal Federal), acusado, por essas pessoas, de ser leniente com corruptos de colarinho branco e de desfrutar de inúmeras mordomias.
Aconselhado pelos militares, o próprio presidente decidiu não participar dos atos. Com isso, pretende evitar novos atritos com o Congresso. Mas uma parcela considerável de apoiadores insiste na importância das manifestações.
O assessor internacional da presidência, Filipe Martins, por exemplo, postou em sua conta no Twitter: “ É hora de lembrar que os brasileiros escolheram pôr o Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
Já a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann deu declarações contra as manifestações: “Não vamos conseguir aliados atacando quem pode votar conosco os textos que são importantes para o governo. A hora é de preservar a relação do governo com o Parlamento”.
A deputada estadual Janaina Paschoal, a parlamentar mais votada do Brasil, apoiadora do governo Bolsonaro, também se manifestou contra os atos previstos para este domingo. Também contrários foram o músico Lobão, e os movimentos Vem Pra Rua e MBL, que apoiam o governo. Já o governador de São Paulo, João Doria, afirmou não ver necessidade da realização dos atos.
Apesar da divisão entre apoiadores de Bolsonaro, a expectativa é a de que milhares de pessoas saiam às ruas em defesa do governo.
Foto: MARCELO CAMARGO/ABR