Uma das principais lideranças do PSDB em São Paulo, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, admite que o partido pode apoiar Márcio França (PSB), abrindo mão da candidatura própria, na disputa pela sucessão do governador Geraldo Alckmin.
Em visita à Redação do Jornal da Orla, Pesaro afirmou que é pré-candidato a governador mas salientou que a prioridade é o fortalecimento da candidatura de Geraldo Alckmin para presidente da República.
Ao participar do programa Ponto de Vista, da Santa Cecília TV, foi mais enfático: “Nós começamos com a ideia de que poderíamos ter dois palanques para Alckmin em São Paulo, PSB com Márcio França e o PSDB com seu candidato. Hoje, estamos entendendo, cada vez mais, que o ideal é o governador Geraldo Alckmin ter um único palanque, que pode ser encabeçado pelo PSDB ou pelo PSB, pelo Márcio França”.
Segundo ele, isso não significa que o PSDB estará fora do poder, que nem continuará à frente das políticas sociais mais importantes do Estado, como educação, saúde, segurança pública. “O fato de ser o Márcio não significa que nós estaremos abrindo mão do nosso legado e do nosso futuro. Se o Márcio França encabeçar a chapa, com o PSDB de vice e ocupando outras secretarias importantes, não significa que estaremos fora. O que temos que trabalhar neste momento é o fortalecimento da candidatura de Geraldo Alckmin para presidente, a unidade, de nosso partido e de nossos aliados”.
Sem surpresas
Pesaro também respondeu às críticas a Alckmin feitas pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que afirmou que Alckmin é “ortodoxo” e “não é capaz de surpreender” numa campanha eleitoral que tenha Lula e Bolsonaro. “É isso mesmo. Geraldo Alckmin não vai surpreender. Todo mundo sabe quem ele é, o que ele pensa, o que ele faz. Ele é um porto seguro para o Brasil. Não vamos ter surpresas com Alckmin, vamos num caminho seguro. O povo brasileiro quer um caminho seguro”.
Jair falastrão
O secretário considera Jair Bolsonaro um cavalo paraguaio. “Não tem conteúdo, não tem estrutura político-partidária, é um falastrão. E ficou rico na vida pública”.