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Proibição dos termômetros de mercúrio

11/03/2017
As farmácias são autorizadas a comercializar medicamentos, cosméticos e produtos correlatos e os termômetros se encaixam nesse último conceito. Por ser um produto usado no controle da saúde, precisa ter suas especificações autorizadas pela Anvisa. Nessa condição, os termômetros a base de mercúrio terão a sua comercialização e utilização proibida a partir de 2019. O estado de São Paulo já proíbe sua utilização desde 2014.

A quantidade de mercúrio contido nos termômetros é pequena, entre 0,5g e 2,0g, mas é suficiente para causar graves problemas de intoxicação. Em temperatura ambiente, o mercúrio líquido é volátil e, portanto, pode ser inalado. O risco de intoxicação aguda é pequeno, porém é de maior gravidade se a inalação for contínua. Se ingerido, o mercúrio causa irritação intestinal, dores e diarreia.

Há relato científico de caso de criança intoxicada por mercúrio, com graves feridas no intestino, quando o termômetro quebrou em uma aferição da temperatura pela via retal (ânus). A aferição retal da temperatura é indicada por ser a via que melhor traduz a temperatura corpórea interna. O mercúrio pode se depositar nas vias nervosas causando danos irreversíveis, como irritabilidade, timidez, tremores, distorções da visão e da audição e problemas de memória.

Atualmente, existem vários tipos diferentes de instrumentos para a aferição da temperatura corpórea. Além do tradicional termômetro de vidro a base de mercúrio, agora proibido, estão disponíveis no mercado o do tipo digital e o que utiliza a luz infravermelho (não necessita contato físico). Estudos demonstram que todos os tipos aferem corretamente a temperatura corpórea. A temperatura axilar, retal ou a timpânica tem valores diferentes entre si, no mesmo indivíduo e na mesma situação.

A febre pode assustar um pouco aos pais, mas há de se levar em conta que o aumento da temperatura corpórea compõe o mecanismo de defesa e não necessariamente deve ser evitada. Ao perceber a febre, o importante é se averiguar a causa. Não é preciso acompanhar a temperatura corpórea a todo instante, desde que a criança tenha acompanhamento médico adequado. Converse com o farmacêutico a respeito.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.