Cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no Brasil em 2023. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que alerta que esta situação é resultado da falta de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) desta mulheres, quando eram adolescentes.
Assim, o enfrentamento do câncer de colo do útero deve ser feito em duas frentes: a vacinação de jovens (meninos e meninas) e o diagnóstico precoce da doença. Confira orientação da oncologista Larissa Gomes:
Vacinação
Diferentemente do que mentiras baseadas no fundamentalismo religioso disseminam, vacinar jovens para prevenir o HPV não estimula o início da vida sexual. A vacina é oferecida desde 2014, nas Unidades Básicas de Saúde do Brasil para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacinação contra o HPV pode só previne o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens. É necessário que a imunização ocorra antes da exposição ao vírus, ou seja, antes do início da vida sexual.
Diagnóstico
O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais afeta o público feminino, são 13,25 casos para cada grupo de 100 mil mulheres. Em grande parte dos casos, esse tipo de câncer ocorre após os 40 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Por isso, é fundamental que a realização do exame do Papanicolau, a partir dos 25 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais.
Sinais e sintomas
Na maioria dos casos, o câncer do colo do útero é assintomático, mas é possível observar o surgimento da dor na relação sexual, sangramento ou, ainda, secreção vaginal com odor, quantidade ou aspecto diferente do usual. Quando a doença está avançada, a paciente pode apresentar dores mais intensas na região pélvica, alterações urinárias ou intestinais, perda de peso não justificada ou dores nas pernas e costas, ou cansaço extremo relacionado a perda sanguínea (anemia).
Sangramento na menopausa
O sintoma pode estar relacionado ao câncer do colo do útero, mas pode ser causado por pólipos endometriais, lesões de colo e vagina, etc. Seja o que for, a mulher deve procurar um ginecologista o quanto antes.