A luta contra a dengue ganhou um grande aliado no fim de dezembro de 2023, quando o Ministério da Saúde trouxe para o Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina. O imunizante contra dengue, conhecido como Qdenga, foi aprovado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 e desde julho estava disponível em clinicas privadas. No SUS a vacinação terá inicio em fevereiro de 2024. Serão seis milhões de doses distribuídas, o que permitirá atender três milhões de pessoas com a dose dupla necessária.
O Imunizante, do laboratório japonês Takeda Pharma, é composto por quatro sorotipos do vírus e opera por meio da atenuação do mesmo. Sendo assim, a vacina contem vírus da dengue que foram enfraquecidos em laboratório, tornando-os incapazes de causar a dengue, mas ainda assim, capazes de desencadear uma resposta imunológica. A aplicação é feita em um esquema de duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas e tem uma eficácia de 80%, com um período de proteção de 12 meses após a aplicação de ambas as doses.
Nesta segunda feira, 15, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTIAI) definiu as regras sobre o uso da vacina contra a dengue. A Qdenga pode ser aplicada em pessoas de quatro a 60 anos de idade, independentemente de exposições anteriores à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação. Contudo, inicialmente no SUS o foco será em públicos e regiões prioritárias, com base na incidência de casos de dengue e em crianças e jovens de seis a 16 anos de idade.
As estratégias para vacinação, segundo o Ministério da Saúde, serão definidas em reunião com secretários estaduais e municipais de saúde dia 25 de janeiro. O diretor do PNI ressaltou que o governo quer expandir a vacinação contra dengue com a inclusão de outras fórmulas protetivas.
