No próximo domingo, 24 de março, marca o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, um dia para conscientização e alerta sobre esta doença evitável e curável. Em Santos, a Secretaria de Saúde está empenhada durante todo o ano no monitoramento e tratamento da tuberculose no município.
Em 2024, Santos registrou 74 novos casos de tuberculose, uma queda em relação aos 99 casos do mesmo período no ano anterior e aos 490 casos ao longo do ano passado.
A tuberculose pulmonar é a forma mais comum da doença e altamente transmissível através das gotículas expelidas durante a tosse, fala ou espirro de uma pessoa infectada. As gotículas transportam os bacilos causadores da doença, incluindo o Mycobacterium tuberculosis, que podem permanecer suspensos no ar por várias horas, facilitando a transmissão.
Onde encontrar ajuda:
Os munícipes que apresentarem tosse persistente por três semanas ou mais, seca ou não, devem procurar a policlínica de referência de sua residência para avaliação. A coleta de exame de baciloscopia de escarro é oferecida de acordo com critério clínico para identificar a presença da doença. Febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite são outros sintomas que podem indicar tuberculose, embora não ocorram em todos os casos.
“É crucial que quem estiver com tosse persistente por 3 semanas ou mais busque imediatamente uma policlínica para investigação. Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores serão as chances de controle da doença, devido à sua natureza contagiosa. Vale ressaltar que a tuberculose, embora potencialmente letal, possui tratamento e cura”, destaca o Secretário de Saúde em exercício, Denis Valejo.
Os medicamentos necessários são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado, com um tratamento que dura pelo menos seis meses, incluindo a ingestão assistida da medicação na policlínica. É fundamental completar o tratamento para evitar o ressurgimento da doença com maior resistência aos medicamentos, o que pode exigir uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, a internação pode ser necessária.
Sobre a Tuberculose:
De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa infectada pode transmitir a doença para dez a 15 pessoas em média durante um ano em uma comunidade. O risco de transmissão persiste enquanto o paciente elimina bacilos no escarro, mas diminui gradualmente com o início do tratamento. Pessoas imunossuprimidas são mais suscetíveis à infecção. Manter ambientes bem ventilados é essencial, já que o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar ajuda a dispersar as partículas infecciosas. Indivíduos com suspeita de infecção ou casos confirmados devem usar máscaras até que exames indiquem que não representam mais risco de transmissão.