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Transações realizadas via Pix tem queda após fake news

15/01/2025
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A quantidade de transações realizadas via Pix registrou uma queda histórica nos primeiros dias de janeiro de 2025, a maior já observada desde a implementação do sistema de pagamentos instantâneos pelo Banco Central (BC) em novembro de 2020. Essa retração, apontada por dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) divulgados pelo jornal O Globo, ocorre em meio à circulação de notícias falsas e questionamentos sobre possíveis mudanças na tributação.

Conforme levantamento realizado pelo jornal, entre os dias 4 e 10 de janeiro foram realizadas 1.250 bilhões de transações por Pix, o que representa uma queda de 10,9% em comparação ao mesmo período de dezembro. Esse é o maior retorno mensal desde janeiro de 2022, quando o aumento foi de 7,5%. A desaceleração é particularmente notável, pois abrange dias em que o volume de transferências costuma ser mais alto devido ao pagamento de atraso.

Alterações nas normas da Receita

No inicio deste ano, a Receita Federal implementou novas diretrizes para a fiscalização de transações financeiras realizadas por meio do Pix e de cartões de crédito. As mudanças que ocorreram a valer em 1º de janeiro estabelecem que todas as movimentações monetárias – tanto coletas quanto pagamentos – que ultrapassem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas devem ser informadas ao Fisco. O objetivo da medida é aprimorar o controle e a fiscalização dessas operações, promovendo mais transparência e combatendo a evasão fiscal. A Receita Federal esclareceu que a nova regulamentação não implica em custos adicionais para os usuários.

Nesta quarta-feira (15), Fernando Haddad disse que o presidente Lula encomendou um embate duro contra as fake news que rolam sobre o Pix. Segundo o ministro, serão tomadas providências cabíveis, inclusive criminais, se necessário contra quem está propagando notícias falsas e até mesmo aplicando golpes por meio da ferramenta.