A maternidade tem vários perfis, afirma a psiquiatra Ana Beatriz Silva. “É importante a mulher aceitar o seu modo de ser e acreditar sinceramente em seus talentos, só o autoconhecimento será capaz de trazer a realização pessoal e profissional, seja ela com ou sem filhos. A mulher tem que persistir nessa empreitada com a curiosidade da criança e a paixão do adolescente; a determinação do adulto e a confiança serena da maturidade”, propõe. Confira tipos de personalidade feminina definidos pela psiquiatra com base em sua prática clínica:
Sonhadora/Romântica
Este tipo de mulher tem a maternidade como o grande símbolo do seu amor pelo parceiro e como a grande motivação de realização pessoal. A romântica tende a ser mãe cedo e busca a realização profissional mais tarde motivada quase sempre em poder ser um bom exemplo para seus filhos.
Compulsiva: Este tipo de mulher possui um perfil social “testosterônico”, ou seja, necessita do prazer que só a realização pessoal/profissional pode oferecer. Ela tende a pensar na maternidade mais tarde na vida e, em muitas vezes, chega a uma determinada idade e opta pela maternidade como um complemento da vida e nunca como o motivo desta. No passado essas mulheres, por falta de possibilidades de realização profissional, tornavam-se mães que lidavam mal com a renúncia de seus prazeres. Atualmente, muitas das mulheres com esse perfil optam pela não maternidade como um estilo de vida.
Perfeccionista
A mulher perfeccionista pensa na maternidade como um componente de sua ideologia de felicidade. Ela tende a ser mãe mais tarde, pois primeiro ela tem que reunir os atributos essenciais para ser uma mãe dedicada e feliz. Estes atributos geralmente são certa estabilidade financeira e um parceiro que ela julgue que será um bom pai para seus filhos.
Abnegada
Este tipo de mulher tem na maternidade a sua realização total. Sua vida só tem sentido se ela viver para servir de estrutura para a realização pessoal dos que ama. A abnegada pode até optar por ser mãe solteira e toma para si toda a responsabilidade da criação da prole.
Cética
Este tipo de mulher tende a negar seu desejo de ser mãe e pode acabar fazendo isto mais tarde na vida, quase sempre num ato de arrependimento. A cética, no fundo tem medo de não conseguir realizar seu sonho de se casar e ter filhos. Geralmente custa muito a acreditar no amor dos outros. Quando ela consegue enfrentar o medo costuma ser uma mãe dedicada e feliz, colocando sua realização pessoal e profissional em segundo plano.
Parceira
Tem na vida a dois o grande motivo de sua realização pessoal. Tende a procurar homens com quais tem grandes afinidades intelectuais, éticas, de lazer etc. Costumam optar pela maternidade ou não maternidade por se sentirem completas com o parceiro, com quem tendem a ter uma relação estável e duradoura.