O esporte paraolímpico santista confirmou sua força nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile. Os cinco representantes da Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes) brilharam conquistando 11 medalhas na competição, sendo 3 de ouro, 2 de prata e 6 de bronze, além de um recorde mundial.
Beth Gomes foi o grande nome mais uma vez no atletismo. Ela conquistou o título parapan-americano e bateu o recorde mundial no lançamento de disco, classe F53, com 17,8m, 68cm a mais do que seu antigo recorde batido no Mundial em Paris. Mesmo com o título, ela acabou ficando sem a medalha, por ter apenas duas pessoas na disputa, ela e a representante do México.
Ela conquistou a medalha de ouro no arremesso de peso F53/54/55/56 e o bronze no lançamento de dardo, disputando na classe F54.
Ainda no atletismo, Vanessa Cristina Souza se destacou em Santiago com três medalhas de bronze. Reconhecida como o principal nome do País nas maratonas internacionais com cadeiras de rodas, ela subiu no pódio nas provas de 400m, 800m e 1.500m na categoria T53/54.
Elas tiveram ao seu lado como membros da comissão técnica da seleção Rosane Farias e Eduardo Leonel, ambos da Fupes. No atletismo, o Brasil foi soberano, conquistando 83 medalhas (34 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze), enquanto a Colômbia, em segundo lugar, ficou com 46 medalhas no total.
NATHAN É OURO!
O lutador da Fupes, Nathan Torquato, campeão paralímpico, confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato nos Jogos Parapan-Americanos no taekwondo, categoria até 63kg.
MESATENISTAS SE DESTACAM
Os mesatenistas de Santos também se destacaram no Parapan. Jennyfer Parinos saiu com três medalhas: ouro nas duplas feminina e prata no individual e nas duplas mistas. Cadu Moraes faturou dois bronzes, no individual e nas duplas.
A modalidade, que teve no comando a técnica da Fupes Maiza Mota, fez sua melhor participação em Jogos Parapan-Americanos, com 38 medalhas, um recorde histórico. A marca anterior pertencia aos Jogos de Toronto, em 2015, com 30 conquistas.
CICLISMO
O ciclismo brasileiro também se destacou nesta edição do Parapan, contando na sua comissão técnica com o treinador da Fupes, Cláudio Diegues. A modalidade somou 10 pódios no total, sendo cinco ouros, três pratas e dois bronzes. Com isso, teve melhor desempenho do que em Lima há quatro anos, quando obteve três ouros, uma prata e quatro bronzes.
ORGULHO E EXPECTATIVA
O diretor-presidente da Fupes, Frederico Luiz Monteiro, vibrou com a campanha dos representantes de Santos no Parapan 2023. “Um resultado fantástico, com 100% de aproveitamento com todos os atletas da Cidade voltando com medalhas, além do recorde mundial da Beth”, diz.
O bom desempenho aumenta as expectativas para o próximo ano. “Bem esperançosos para o desempenho deles nos Jogos Paraolímpicos, em Paris. Estou muito orgulhoso da nossa equipe e por demonstrarmos mais uma vez como a cidade de Santos é a mais competitiva do Brasil”, completou.
DESEMPENHO HISTÓRICO
A delegação brasileira encerrou a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com a melhor campanha da história. Foram 343 medalhas no total, com 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. A segunda colocação ficou com os EUA (55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes), seguidos pela Colômbia (50 ouros, 58 pratas e 53 bronzes).
A campanha na capital chilena superou a registrada nos Jogos de Lima, quando o Brasil subiu 308 vezes ao pódio, com 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Desde o Parapan do Rio 2007, o Brasil termina no topo do quadro de medalhas.