Não é preciso ser um expert em pesquisas eleitorais e em política para perceber que quando um presidente da República perde o apoio da elite empresarial e econômica seu governo acabou.
Pior ainda quando este governo não tem o apoio das classes mais pobres, da maioria das mulheres e dos jovens. E a cereja do bolo: quando não tem apoio internacional.
Todas as premissas acima indicam que o presidente Bolsonaro é hoje o que os americanos chamam de “pato manco” para classificar um governante sem prestígio em fim de mandato.
Bolsonaro foi eleito em 2018 na onda antipetista que varreu o país. Era apenas um parlamentar do chamado “baixo clero” que conseguiu capitalizar para si a raiva que o eleitorado tinha, naquele momento, dos escândalos de corrupção protagonizados pelos governos petistas.
A facada da qual foi vítima foi o empurrão final para o Palácio do Planalto. Começava mais uma tragédia brasileira.
Aos poucos parte significativa da população começou a perceber que Jair Bolsonaro era um político despreparado e sem as mínimas condições de dirigir um país com a grandeza do Brasil.
Bronco, estúpido, arrogante e sem preparo intelectual para entender o que se passa no país e no mundo foi criando inimizades, além de se mostrar incapaz para conduzir o Brasil num momento de grande turbulência.
Na área internacional arrumou confusão com a China, Estados Unidos (nossos principais parceiros econômicos), França e Argentina entre outros.
Internamente, arruinou a economia, foi um desastre no combate à pandemia e, na área militar, desgastou a imagem das Forças Armadas – destituindo generais sérios e respeitados e trazendo para seu lado militares subservientes.
Na área política, pediu socorro aos parlamentares do Centrão, que ele chamava de ladrões, e que hoje mandam no governo e produziram o famigerado orçamento secreto.
Com a iminente derrota eleitoral, Bolsonaro conspira diariamente contra a democracia e a Constituição que jurou respeitar.
A ele agora só resta mentir – especialidade na qual também é incompetente. Suas mentiras são tão absurdas que só enganam seus fanáticos seguidores, que veem neste senhor despreparado, um Mito!
Neste contexto, a Carta em defesa da Democracia elaborada pela Fiesp – que agrega os maiores empresários do país -, com apoio da Febraban e de centenas de empresários e intelectuais, representa a pá de cal para um governo mais que medíocre.
Até esta sexta-feira (29/7), o documento já tinha mais de 300 mil assinaturas de representantes da sociedade civil e o aval, ainda que indireto, do governo dos EUA, que reafirmou sua confiança no sistema eleitoral brasileiro e na força da democracia.
O recado não poderia ser mais claro: o caminho para o Brasil está no fortalecimento do sistema democrático, algo impensável para Jair Bolsonaro.
O país e a comunidade internacional não aceitam retrocessos.
Bolsonaro, coitado, não entendeu nada, talvez em razão de problemas cognitivos que se revelam maiores a cada dia.
O presidente debochou do documento elaborado pela Fiesp e publicou sua própria Carta de Manifesto em favor da democracia:
“Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia”.
Assinado: Jair Messias Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil.
Algo patético até mesmo para Jair Bolsonaro.
Então, só nos resta dizer,
Tchau, querido!
– CARTA DE MANIFESTO EM FAVOR DA DEMOCRACIA
“Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia.”
Assinado: Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República Federativa do Brasil.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 29, 2022