Mais uma prova de que a eleição presidencial deste ano é completamente diferente das anteriores é expectativa quanto ao primeiro debate marcado para domingo (28), às 21h, na Band. O evento foi acertado por um pool de veículos de comunicação, que, além da Band, inclui a TV Cultura, o portal UOL e o jornal Folha de S. Paulo.
O problema é que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, faz suspense sobre sua presença no evento. Num momento diz que vai e logo em seguida que não vai. No final da tarde de sexta-feira (26) voltou a afirmar que iria, mas que seria “fuzilado pelos adversários”.
Já o PT, partido de Lula, afirma que o ex-presidente só irá se Bolsonaro for. O primeiro debate presidencial, portanto, virou uma briga de gato e rato e quem perde, se o debate for esvaziado, é o eleitor. Afinal, Lula e Bolsonaro são os candidatos que lideram a disputa e favoritos para um eventual segundo turno.
Numa disputa cada vez mais polarizada, o suspense protagonizado pelos dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto é mais um ingrediente que faz da atual corrida eleitoral a eleição mais atípica e surreal desde o processo de redemocratização.
O debate está marcado. Mas a questão é: os dois candidatos que lideram a disputa vão comparecer?
E se faltarem, o debate será mantido com os outros candidatos já anunciados – Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D´Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil)?