Moradores e turistas das cidades do litoral paulista têm reportado sintomas como náuseas, vômitos e diarreia. Em Guarujá, a prefeitura registrou mais de 2.000 atendimentos por virose no mês de dezembro, o que levou algumas unidades de saúde a estenderem seus horários de atendimento. Relatos semelhantes também surgiram em Santos, Ubatuba e Praia Grande, principalmente nas redes sociais.
O aumento da demanda por medicamentos, como probióticos, remédios para enjoo e reidratantes orais, foram confirmados por farmácias da região, com algumas unidades já enfrentando a falta de determinados produtos. Os farmacêuticos explicam que essa procura é comum após o período do Natal, quando há um grande fluxo de turistas no litoral. Algumas farmácias se preparam anualmente para esse aumento.
O termo “virose” é utilizado para descrever uma série de infecções agudas que afetam o trato respiratório ou gastrointestinal. Essas infecções são frequentes, tendem a se resolver espontaneamente em alguns dias com cuidados gerais e, na maioria das vezes, não têm um vírus específico identificado. No caso de doenças virais mais graves, o diagnóstico costuma ser mais preciso.
As viroses intestinais, que afetam o sistema gastrointestinal, geralmente são causadas por água ou alimentos contaminados com fezes. Isso pode ocorrer quando as pessoas não lavam as mãos antes de se alimentar ou de preparar a comida. Os principais vírus responsáveis por essas infecções são norovírus, rotavírus, astrovírus e adenovírus. Embora sejam mais comuns no verão, essas viroses podem ocorrer durante todo o ano.
A Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá afirma que o aumento no número de casos de virose é comum nesta época do ano devido a fatores como altas temperaturas, alimentação inadequada, aglomeração de pessoas e maior exposição a alimentos contaminados. Apenas no mês de dezembro, foram realizados 2.064 atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade.
Diante da demanda, a administração municipal ampliou o horário de três Unidades de Saúde da Família, que funcionarão das 7h às 22h até o dia 5 de janeiro, além de manter os plantões 24 horas nas UPAs e prontos-socorros.
