O Sesc Santos apresenta, até o dia 10 de maio, uma programação imperdível para toda a família: a experiência imersiva HUMAN, uma obra de Realidade Mista (XR) que convida o público a refletir sobre a humanidade, o cosmos e o futuro. Produzida pela BR8 Cultural e com acesso gratuito, a instalação utiliza tecnologia de ponta para criar uma jornada sensorial única.

Na atividade, os participantes usam óculos de realidade virtual para explorar ambientes interativos de alta definição, com trilha sonora original e uma narrativa envolvente. Desenvolvida para o Oculus Quest 3, a exibição no Sesc Santos disponibiliza os equipamentos no local, permitindo que qualquer pessoa possa vivenciar a experiência.

SEM FRONTEIRAS

Concebida pela artista multilinguagem e produtora cultural Débora Bergamini, HUMAN nasceu da inquietação sobre como a arte pode atravessar fronteiras e atingir públicos de todas as idades. “Passei muito tempo pensando em uma obra que pudesse ser vista em qualquer lugar do mundo, por qualquer pessoa”, conta. A resposta veio com o uso da realidade virtual — uma tecnologia que, segundo ela, oferece liberdade e acessibilidade sem depender de salas de cinema ou estruturas tradicionais.

A obra é inspirada em um dos legados mais simbólicos da ciência moderna: o Golden Record, disco dourado enviado ao espaço pelas sondas Voyager com mensagens sobre a Terra destinadas a possíveis formas de vida extraterrestre. O projeto idealizado por Carl Sagan serviu como ponto de partida para HUMAN, que transporta os espectadores a uma viagem cósmica, culminando em um encontro com um ser alienígena portador de uma mensagem sobre a condição humana.

Durante a jornada, os participantes podem interagir com elementos da narrativa, incluindo o próprio Golden Record, tornando a experiência personalizada e emocionalmente envolvente. A obra é acessível a todos, contando com recursos de LIBRAS, audiodescrição, legendas descritivas e versões em português e inglês.

IDEIA AMBICIOSA

Com mais de um ano de pesquisa e desenvolvimento, Débora transformou uma ideia ambiciosa em uma experiência sensível e educativa. “Sou educadora, então o maior desafio foi traduzir uma história complexa em uma linguagem simples”, afirma. A proposta é acessível a partir dos 10 anos de idade, e pode ser feita tanto em pé quanto sentada — o que amplia seu alcance a diferentes perfis de público.

Mais do que uma experiência tecnológica, HUMAN propõe um exercício de empatia. “Na realidade virutal, o espectador se torna parte da história. Isso cria uma conexão muito mais potente”, diz. A escolha de uma narrativa otimista também é proposital: “Vivemos tempos marcados pelo pessimismo em relação ao futuro, e isso nos paralisa. Quero que as pessoas saiam sentindo-se mais fraternas e esperançosas.”

Desde sua estreia, HUMAN já passou por espaços como o Cine Belas Artes e a Gamescom, além de ter sido selecionada para seu primeiro festival. A realização foi possível por meio de recursos da Lei Paulo Gustavo, com apoio da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativa do Estado de São Paulo e do Ministério da Cultura.

Agora em cartaz no Sesc Santos, a obra continua sua circulação com a missão de emocionar e inspirar — conectando tecnologia, arte e humanidade em uma só experiência.