Certamente, todo santista tem uma história com o Sesc. Seja em lembranças das tardes na brinquedoteca, em um show bacana que assistiu no ginásio ou dos domingos ensolarados à beira da piscina. O local, tal como conhecemos hoje, completou 30 anos de existência no bairro Aparecida, no dia 22 de novembro.
Mas, o que muita gente não sabe, é que o clube está presente em Santos desde a década de 40 e, ao mesmo tempo em que foi mudando de endereço, foi se modernizando. Em 2019, o Sesc vai passar pela maior reforma de sua história para continuar sendo esse refúgio democrático e agradável no meio da cidade.
Um bairro em transformação
“Nós estamos comemorando 70 anos de instituição nacional. Em 1948 foi inaugurando o primeiro prédio do Sesc aqui em Santos, na rua São Francisco, 299. E, depois, passou para a Conselheiro Nébias, onde hoje é o Senac”, relembra o gerente do Sesc, Luiz Enesto Figueiredo Neto.
Em 1986, o Sesc finalmente passou a ocupar o amplo terreno na Aparecida. E, a partir daí, conta Neto, o bairro se desenvolveu.
“Os mais antigos vão lembrar que a Aparecida e Ponta da Praia possuíam 22 campos de futebol de várzea e nada acontecia ali. A doação do espaço de 20 mil metros para o Sesc foi condicionada à criação de uma praça para a comunidade (atual Praça Dr. Caio Ribeiro de Moraes e Silva). Os conjuntos habitacionais Jaú e BHN também foram construídos no entorno deste terreno. mais para frente, veio o shopping e outros empreendimentos. Tenho certeza de que o Sesc contribuiu para esse avanço do bairro”.
Na contramão da decadência
Conseguir se estabelecer por tanto tempo em Santos é uma façanha e tanto, diante do cenário de decadência dos clubes da cidade, na década de 2000. A relação com o público foi um dos segredos para que a instituição se mantivesse firme.
“A instalação do Sesc na Aparecida coincidiu com a ‘queda’ dos clubes. Naquele momento, abrimos a possibilidade da matrícula de usuário, porque as relações de trabalho foram mudando. Quando o Sesc foi criado, em 1946, não existiam setores como serviço, turismo, por exemplo. Ou era comércio ou indústria. Ou seja, o Sesc entendeu que a comunidade deveria frequentar também e, a partir do ano 2000, abriu suas portas para todos. Existem algumas especificidades para o nosso público comerciário, como odontologia, colônia de férias. Mas o Sesc é da comunidade”.
Programação dinâmica e acessível
Uma das principais características da instituição é ser democrática com seu público. Virtude que foi sendo galgada com o passar dos anos.
“Quando o Sesc começou a ser construído, não existia preocupações como, por exemplo, a acessibilidade. Nós fomos incluindo no prédio várias situações de ordem legal e programática. Houve o surgimento da internet, a necessidade do trabalho com idosos, crianças. Ou seja, o Sesc foi se moldando para atender a essa demanda de atividades”, explica Neto.
Planos para o futuro
Celebrando esses 30 anos, o Sesc passará por mudanças em sua estrutura interna, a partir de 2019, que tornarão o espaço mais acessível e sustentável. “Haverá reformas na clínica de odontologia no que diz respeito à acessibilidade. A piscina será dividida em vários tanques que poderão ser aquecidos de forma separada. O restaurante também passará por mudanças e novos espaços para exposições serão criados. Com a reforma, o teatro poderá receber espetáculos mais modernos, no que diz respeito à estrutura e iluminação”, diz Neto.
Celebrando esses 30 anos, o Sesc passará por mudanças em sua estrutura interna, a partir de 2019, que tornarão o espaço mais acessível e sustentável. “Haverá reformas na clínica de odontologia no que diz respeito à acessibilidade. A piscina será dividida em vários tanques que poderão ser aquecidos de forma separada. O restaurante também passará por mudanças e novos espaços para exposições serão criados. Com a reforma, o teatro poderá receber espetáculos mais modernos, no que diz respeito à estrutura e iluminação”, diz Neto.