Gabriela Martinez
A Prefeitura de São São Vicente, quer incluir áreas da cidade na poligonal do Porto de Santos, sendo assim, os limites jurisdicionais do complexo portuário. A Autoridade Portuária de Santos recebeu um ofício o assunto e está analisando a proporsta.
No momento presente, a poligonal do Porto de Santos inclui áreas nos seguintes municípios de Santos, Guarujá, Cubatão, Bertioga e Biritiba-Mirim.
A possibilidade de incluir São Vicente, de acordo com a Prefeitura, foi discutida em uma reunião entre as secretarias do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico da cidade com o superintendente do Meio Ambiente, Saúde e Segurança do porto, Sidnei Aranha.
De acordo com a administração municipal, São Vicente conta com uma enorme quantidade de áreas disponíveis, dando ênfase na Área Continental. A localização da cidade possui uma posição estratégica, perto do Porto e das rodovias.
O intuito é de que as áreas que estão disponíveis sejam cobertos por projetos de ampliação da área logística como armazéns, centros de distribuição e indústria verde, induzindo práticas sustentáveis e ambientalmente amigáveis nas operações portuárias.
Além do mais, também foi discutido a possibilidade de implantação de usinas de hidrogênio e biometano, que direcionariam São Vicente para oportunidades na economia verde.
Para o prefeito Kayo Amado, com a ampliação da área do Porto a sobrecarga em Santos pode diminuir, reduzindo congestionamento e melhorando aeficiência. “Isso é fundamental para manter a competitividade no mercado global, além de promover o desenvolvimento regional”, explicou, em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
A APS divulgou que recebeu um ofício que demonstrou interesse da Prefeitura de São Vicente em setembro, solicitando à administração municipal mais informaçõessobre os espaços disponíveis para que a área técnica possa desenvolver estudos a respeito.
De acordo com a a autoridade portuária, o Porto luvial integrado a condomínios industriais “é uma das principais vocações da Região Metropolitana da Baixada Santista, criando opções para que as indústrias possam se instalar em nossa região, reduzindo seus custos logísticos tanto na importação quanto na exportação”.
A APS ainda informou que os seminários tem debatido o tema, andam buscando opções para para expansão das atividades portuárias e retroportuárias, que são indispensáveis para geração de empregos e desenvolvimento regional. Porém, é necessário discutir sobre barreiras ambientais.
“O licenciamento ambiental sobre áreas estuarinas e fluviais, por exemplo, depende de decreto do Governo Federal tornando de utilidade pública áreas voltadas para empreendimentos no entorno dos portos marítimos”, explicou a APS, em nota.
Ainda de acordo com a autoridade portuária, o estuário do Porto de Santos tem capacidade finita. Por esse motivo, em um futuro próximo “a expansão ocorrerá para regiões a seu montante, criando, assim, um novo potencial logístico e um polo industrial repleto de oportunidades”.
