Baixada Santista

São Paulo registra cerca 21 ataques por aranhas diariamente

08/07/2024
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Entre janeiro e 4 de junho deste ano, o estado de São Paulo contabilizou 3.364 ataques de aranhas, uma média de 21 casos por dia. Em 2023, foram registrados 9.201 incidentes, dos quais dois resultaram em morte.

As três espécies de aranhas mais perigosas do mundo estão presentes no estado, onde a peçonha pode causar desde necrose da pele até a amputação de membros, como ocorreu com um garçom em Praia Grande no início deste ano, e até a morte. Em 2022, dois casos fatais foram registrados no estado.

De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do governo estadual, desde 1988, ano em que se iniciou a série histórica de acidentes com aracnídeos em São Paulo, até junho deste ano, foram contabilizadas 22 mortes decorrentes de picadas.

O aumento de incidentes envolvendo aranhas é alarmante, com 5.532 casos em 2022 e 9.201 em 2023, um aumento de 66,3%.

Aranhas mais venenosas

São Paulo abriga as aranhas armadeira, marrom e viúva-negra, as mais perigosas para a saúde humana. Este ano, na Baixada Santista, 73 acidentes foram registrados pelo CVE: 22 com aranhas marrons, quatro com armadeiras e um com viúva-negra. As aranhas marrom e viúva-negra não são agressivas e picam apenas quando comprimidas contra o corpo, como em calçados ou vestuário. A armadeira, por sua vez, é agressiva e pode saltar até 40 centímetros em direção ao alvo quando se sente ameaçada.

Prevenção de acidentes

Para evitar acidentes com aranhas, o Ministério da Saúde recomenda:

– Manter jardins e quintais limpos, evitando acúmulo de entulhos e lixo doméstico.
– Evitar folhagens densas junto a paredes e muros.
– Limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos.
– Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los.
– Evitar colocar as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres.
– Usar calçados e luvas de couro.
– Vedar soleiras de portas e janelas ao escurecer.
– Combater a proliferação de insetos.
– Afastar camas e berços das paredes e inspecionar sapatos antes de calçá-los.

Essas medidas podem ajudar a reduzir os riscos de acidentes com esses aracnídeos perigosos.