Após uma temporada problemática, o Santos Futebol Clube irá disputar a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em toda sua história. O clube que fazia parte do “Hall dos Incaíveis” foi derrotado pelo Fortaleza na última quarta-feira (6) por 2 a 1. Além do resultado negativo na Vila Belmiro, o destino do peixe foi sacramentado com a vitória dos dois adversários diretos na tabela – o Bahia venceu o Galo por uma goleada de 4 a 1 e o Vasco triunfou sobre o RB Bragantino por 2 a 1.
A última rodada foi tensa para o Alvinegro Praiano, já no começo do dia surge uma polêmica que atingiu o elenco e a torcida como um meteoro, o atacante Marcos Leonardo e o volante Jean Lucas tiveram um episódio de indisciplina antes do jogo em Curitiba contra o Athlético Paranaense, no domingo (3). A informação veio à público pelo portal UOL na manhã da quarta-feira, antes da rodada decisiva.
Em coletiva, o diretor de futebol do clube, Alexandre Gallo revelou que o episódio abalou o vestiário. “Sem dúvidas causou um abalo. É a primeira vez que acontece de jogadores chegarem atrasados e serão multados. Muita gente diz que é uma situação recorrente mas não é, é a primeira vez em 117 dias. Foi uma falta de equilíbrio da parte deles que gerou um desconforto muito grande, um gasto de energia desnecessário para um momento delicadíssimo”.
Gallo ainda destacou que em momento algum Marcos Leonardo o xingou, de acordo com o dirigente, o atleta foi respeitoso a todo o momento.
Como se não bastasse o clima terrível e o rebaixamento em casa, a derrota ficou marcada por cenas lamentáveis protagonizada por parte dos torcedores. Após um erro tático inexplicável, o goleiro João Paulo estava no campo de ataque e demorou a retornar para baixo das traves, o Fortaleza recuperou a bola e Lucero marcou “o gol que Pelé não fez” já nos acréscimos. Esse foi o gatilho para que torcedores começassem a arremessar bombas, rojões e quaisquer outros objetos em campo fazendo com que os atletas do clube adversário e a arbitragem corressem para fora do gramado em direção aos vestiários.
Nas ruas, a situação ficou ainda pior, vândalos raivosos com o descenso do Santos incendiaram ônibus e carros nos arredores do estádio. O carro do atacante Stiven “Speed” Mendoza também foi incendiado. Denúncias também mostram um torcedor sugerindo fuzilar os conselheiros do clube no próximo sábado (9) dia da eleição para presidente do Santos.
O rebaixamento do Santos no ano do Brasileirão Rei, em homenagem à Pelé, virou notícia em todo mundo, jornais como a Gazetta Italiana, The Daily Star da Inglaterra e A Bola de Portugal definiram a queda como “Um dia histórico no Brasil”.
Em sua campanha, o Santos teve 11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas com 39 gols marcados e 64 sofridos. Foi o último time a ter a vaga no Z4 ao lado de América-MG, Coritiba e Goiás.
