Gabriela Martinez
Foi padronizada em Santos, a grafia de Braz Cubas, o fundador do município. Publicada no Jornal Oficial, a nova legislação municipal, contudo regula a grafia do explorador. A adequação deve ser feita dentro de 5 dias.
A proposta foi organizada pela vereadora Telma Sandra Augusto de Souza, a Lei n° 4.032 irá padronizar a letra “z” da grafia de Cubas.
Contudo será usada em documentos, publicações, divulgações, peças publicitárias, equipamentos públicos, monumentos e logradouros do município quando fazer jus ao fundador de Santos.
Na última segunda-feira (25), O Diário Oficial publicou que a legislação prevê que, na impossibilidade de substituição da grafia, em razão da descaracterização do patrimônio, deverá ser fixada uma placa próxima ao monumento com a citação da grafia correta, com menção à nova lei.
As alterações devem ser aplicadas no prazo de 5 anos.
Braz Cubas foi um explorador português, nascido na cidade de Porto em 1507. No ano de 1531, chegou ao Brasil junto com a exploração de Martin Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente.
Em 1536, o mesmo recebeu terras na recém Capitania de São Vicente, onde pode desenvolver atividades relacionadas a agricultura de cana-de-açúcar, um dos produtos de maior movimento na época.
Considerado um dos maiores proprietários de terra da Baixada Santista, onde ele construiu um Porto, uma capela e um hospital, a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, em suma viria a dar origem à Vila de Santos, atual cidade de Santos.
O fundador da Vila de Santos foi também responsável pela pela transferência do porto da Ponta da Praia para o Centro, nas cercanias de Outeiro de Santa Catarina, além de ter se tornado governador de São Vicente entre 1545 e 1549 e de 1555 a 1556.
Foi nomeado pelo Rei D. João III como provedor e contador das rendas e direitos da capitania e, no ano seguinte, ergueu o Forte São Filipe da Bertioga.
Braz Cubas faleceu em 10 de março de 1592, aos 85 anos. Ele era fidalgo da Casa Real e um dos homens mais respeitados em São Vicente. O título de Alcaide-mor passou para seu filho, Pero Cubas.