Uma eventual saída de Márcio França do Ministério dos Portos e Aeroportos representaria um retrocesso, diante dos avanços na área de infraestrutura aeroportuária e portuária conquistados em pouco tempo de gestão. A avaliação é do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), diante das especulações a respeito das mudanças no primeiro escalão do governo Lula, para acomodar políticos do Centrão.
“Ter um representante da Baixada Santista nesta importante pasta é uma janela de oportunidades única para a região, que tem colhido ótimos frutos, já que o Márcio conhece como poucos as nossas necessidades”, argumenta o parlamentar, que é presidente da Frente Parlamentar de Portos e Aeroportos.
Paulo Alexandre destaca que o ministro reduziu as tarifas dos portos de Santos e Rio de Janeiro, priorizou e avançou com as demandas do aeroporto de Guarujá, a tão sonhada ligação seca também tem recebido a merecida atenção, conseguiu a cessão da área dos armazéns do Valongo para a Prefeitura de Santos, além do lançamento do programa “Voa Brasil”, com passagens pelo valor fixo de R$ 200, facilitando o acesso ao transporte aéreo para milhares de pessoas.
“A saída de um ministro com esse comprometimento poderia gerar impactos negativos na continuidade dos projetos e no avanço destes setores tão importantes para a economia do país, que já tem grandes desafios”, reforça.
Portuários defendem permanência
A permanência de Márcio França também é defendida pela Federação Nacional dos Portuários, entidade que reúne os profissionais desta categoria em todo o país. “Aquelas que prezam e respeitam as boas práticas administrativas e políticas consideram uma catástrofe, um retrocesso, para as relações do governo federal com a comunidade portuária”, a saída de Márcia França.
Os representantes da entidade enviaram ofício ao presidente Lula, manifestando suas preocupações e solicitando uma audiência presencial, para “os famigerados boatos sejam desmentidos”.