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Sabesp alerta para descarte correto de camisinha

06/02/2023
Sabesp alerta para descarte correto de camisinha | Jornal da Orla

Jogar na privada ajuda a entupir tubulações de esgoto; correto é jogar no lixo

Diante da proximidade do Carnaval, quando aumenta o número de relações sexuais casuais, a Sabesp alerta para o descarte correto de camisinha: jogá-la após o uso na privada por entupir as tubulações de esgoto. O correto é jogá-las no lixo.

Além dos preservativos, outros objetos também podem provocar entupimentos, como  absorventes, cabelo, papel, restos de comida, bitucas de cigarro, fio dental e pedaços de pano.

A Sabesp pondera que os casos de entupimento aumentam durante esta época do ano, marcado por maiores índices de chuva. “Ao longo de 2022, técnicos da Sabesp realizaram 15 mil serviços de desobstrução em ramais e coletores de esgotos entre as nove cidades da região, alcançando uma média de 41 serviços por dia. Enquanto também foram feitos mais de 3,5 mil testes com uso de corante como método para comprovar se estão corretas as instalações sanitárias internas dos imóveis, evitando que o descarte irregular contamine rios, córregos e praias”, explica a superintendente regional da Sabesp, Olívia Mendonça.

Na Baixada existem mais de 3,8 mil km de tubulações que compõem o sistema de esgotamento sanitário. De janeiro a setembro de 2022, foram implantados 26,7 km de novas redes coletoras, coletores e emissários. Mas para a eficácia deste sistema, devem ser separadas as tubulações que direcionam os esgotos para tratamento, das que escoam as águas pluviais para as galerias de drenagem, canais, córregos, rios e mar.

De janeiro a dezembro do ano passado, passaram por lavagem preventiva 148,6 km de redes de esgoto, além de 2.550 serviços executados para limpeza e desassoreamento das 320 estações elevatórias existentes na Baixada Santista (para bombeamento) e seus cestos que funcionam como peneiras para reter o lixo que travaria o funcionamento e danificaria este equipamento.

Os ralos e calhas devem enviar a água de chuva para a galeria pluvial. Caso estejam conectados à rede de esgoto, podem fazer com que os rejeitos voltem para dentro de casa. Por isso é necessário que os imóveis tenham duas saídas separadas. A de esgoto recolhe os resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque. É uma tubulação de menor porte, já que esse volume não costuma sofrer grandes variações. Já a saída pluvial, maior, reúne a chuva e a água de lavagem que escoa por ralos e calhas. No Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina a regra.

Quando isso não acontece, como o volume da água da chuva é muito grande, os coletores de esgoto não conseguem dar vazão e provocam extravasamentos nas ruas ou dentro de casa. E por isso, da mesma forma, não devem ser abertas para escoar as chuvas as tampas dos poços de inspeção localizados nas vias públicas para acesso ao sistema de esgoto.

 

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