A Rua República Portuguesa, na Vila Mathias, vai se transformar em mais uma atração turística de Santos. As obras revitalizam mais um símbolo da região central e enfatizarão as identidades portuguesa e africana presentes na via, dotada, respectivamente, de sobrados geminados com detalhes originais do século 18 e da Igreja de Santa Josefina Bakhita, religiosa que nasceu em 1869 no Sudão.
“A rua, que reflete o movimento de colonização do País, também ganhará rede de drenagem própria e iluminação com postes ornamentais em estilo antigo, além de cabeamento elétrico, de telefonia e de internet subterrâneo”, adiantou o secretário de Serviços Públicos Wagner Ramos, comentando que as obras serão entregues no segundo semestre. Atualmente, as águas pluviais escorrem pelas sarjetas até alcançar as redes nas vias próximas.
A capa de asfalto da pista está sendo agora retirada mecanicamente para expor os paralelepípedos, que serão removidos e substituídos por peças retificadas, com superfície aplainada, conforme explicou o titular da Seserp. As calçadas já foram demolidas, exceto as entradas das garagens, de forma a facilitar a manobra dos veículos dos moradores.
O espaço urbano foi privilegiado no projeto da Prefeitura, uma vez que as novas calçadas serão em concreto desempenado, cobrindo 1.033m², permitindo total acessibilidade, e contarão com cerca de 600m² de decoração em pedra portuguesa.
As novas guias serão em granito, a faixa de rolamento terá paralelos retificados e as entradas das garagens, marcadas por concreto desempenado decorado com piso cerâmico. “A rua ganhará arborização, floreiras, bancos em concreto e madeira plástica nas calçadas, paraciclos e lixeiras”, adiantou a arquiteta Marta Leite Flores, da Seserp, que acompanha a execução dos serviços.
Para completar, as extremidades da via, que começa na Rua Campos Mello e termina na Rua Henrique Ablas, junto à Silva Jardim, terão um prolongamento das calçadas, formando largos, que receberão decoração em mosaico, remetendo, respectivamente, às culturas portuguesa e africana.
“Esse prolongamento também servirá para direcionar os veículos, garantindo maior segurança aos pedestres”, prosseguiu a arquiteta, acrescentando que esses pontos serão dotados de faixas elevadas para a travessia de pedestres.
