O desprezo, a indiferença, os comentários maldosos, são geradores de graves dissabores na alma juvenil.
Um pai muito atencioso percebeu que uma de suas filhas estava triste e desejou saber o que a estava deixando dessa forma.
A garota respondeu que era criticada pelas amigas por ser simples, não gostar de ostentação e por não ter preocupação excessiva com a estética.
Ela se sentia rejeitada e infeliz.
O pai, grande educador, disse-lhe, com carinho:
–Filha, algumas pessoas preferem um bonito sol pintado num quadro. Outras preferem um sol real, ainda que esteja coberto pelas nuvens.
Esperou uns segundos, como para deixar que a menina absorvesse as palavras. Em seguida, perguntou: -Qual é o sol que você prefere?
Ela pensou um instante e respondeu: -O sol real.
E o pai completou:
-Mesmo que as pessoas não acreditem no seu sol, ele está brilhando. Você tem luz própria. Um dia, as nuvens que o encobrem se dissiparão e as pessoas irão enxergá-lo. Não tenha medo das críticas dos outros, tenha medo de perder a sua luz.
[com base em texto de Augusto Cury e na Red. do Momento Espírita]
Alguns jovens se sentem assim, como essa garota. Reféns da opinião dos outros, sofrem quando são criticados, porque o que mais desejam é serem aceitos.
Um fato corriqueiro na vida dos jovens, e que nem todos conseguem superar, é a rejeição.
O desprezo, a indiferença, os comentários maldosos, são geradores de graves dissabores na alma juvenil.
Imaturos e inseguros, diante de uma situação de grande estresse, alguns jovens podem enveredar pelo caminho das drogas, da depressão, do desequilíbrio moral.
Nesses momentos, são exatamente os pais zelosos que conseguem oferecer a segurança e o apoio de que necessitam os filhos.
Por isso se faz importante a atenção dos pais nesses dias em que as nuvens pairam sobre os corações juvenis, escurecendo o sol interior.
Ensinemos ao nosso filho a arte de construir a própria felicidade, ainda que tudo pareça conspirar contra.
Mostremos a ele que o que os amigos pensam dele ou deixam de pensar, não mudará a sua luz interior, nem a diminuirá.
O que faz a diferença é o que ele realmente sente e é.
Ensinemos nosso filho a não se escravizar ao consumismo atormentado, à neurose de buscar a beleza física a qualquer custo, a não depender da opinião dos outros para ser feliz.
Ensinemos ao nosso filho que a verdadeira beleza está na alma, e não numa silhueta bem definida, pois a beleza física é passageira como as flores, e que a alma é imortal sobrevivendo a matéria.