Fronteiras da Ciência

Qual é o seu sol?

01/11/2024
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O desprezo, a indiferença, os comentários maldosos, são geradores de graves dissabores na alma juvenil.

Um pai muito atencioso percebeu que uma de suas filhas estava triste e desejou saber o que a estava deixando dessa forma.

A garota respondeu que era criticada pelas amigas por ser simples, não gostar de ostentação e por não ter preocupação excessiva com a estética.

Ela se sentia rejeitada e infeliz.

O pai, grande educador, disse-lhe, com carinho:

Filha, algumas pessoas preferem um bonito sol pintado num quadro. Outras preferem um sol real, ainda que esteja coberto pelas nuvens.

Esperou uns segundos, como para deixar que a menina absorvesse as palavras. Em seguida, perguntou: -Qual é o sol que você prefere?

Ela pensou um instante e respondeu: -O sol real.

E o pai completou:

-Mesmo que as pessoas não acreditem no seu sol, ele está brilhando. Você tem luz própria. Um dia, as nuvens que o encobrem se dissiparão e as pessoas irão enxergá-lo. Não tenha medo das críticas dos outros, tenha medo de perder a sua luz.

[com base em texto de Augusto Cury e na Red. do Momento Espírita]

Alguns jovens se sentem assim, como essa garota. Reféns da opinião dos outros, sofrem quando são criticados, porque o que mais desejam é serem aceitos.

Um fato corriqueiro na vida dos jovens, e que nem todos conseguem superar, é a rejeição.

O desprezo, a indiferença, os comentários maldosos, são geradores de graves dissabores na alma juvenil.

Imaturos e inseguros, diante de uma situação de grande estresse, alguns jovens podem enveredar pelo caminho das drogas, da depressão, do desequilíbrio moral.

Nesses momentos, são exatamente os pais zelosos que conseguem oferecer a segurança e o apoio de que necessitam os filhos.

Por isso se faz importante a atenção dos pais nesses dias em que as nuvens pairam sobre os corações juvenis, escurecendo o sol interior.

Ensinemos ao nosso filho a arte de construir a própria felicidade, ainda que tudo pareça conspirar contra.

Mostremos a ele que o que os amigos pensam dele ou deixam de pensar, não mudará a sua luz interior, nem a diminuirá.

O que faz a diferença é o que ele realmente sente e é.

Ensinemos nosso filho a não se escravizar ao consumismo atormentado, à neurose de buscar a beleza física a qualquer custo, a não depender da opinião dos outros para ser feliz.

Ensinemos ao nosso filho que a verdadeira beleza está na alma, e não numa silhueta bem definida, pois a beleza física é passageira como as flores, e que a alma é imortal sobrevivendo a matéria.