Santos

Projeto em Santos reaproveita hortaliças de feira livre para educação ambiental e combate à fome

10/11/2022
Divulgação/Prefeitura de Santos

Folhas de alface, repolho, beterraba, couve-flor e agrião. Talos de brócolis, cascas de abacaxi e ramas de cenoura. Elementos comumente descartados em qualquer feira, mas que em Santos são reaproveitados de três formas diferentes com o projeto Feira Feliz.

Realizado desde agosto, sempre às quartas-feiras, próximo ao Orquidário Municipal, o trabalho voltado para o ‘desperdício zero’ é feito de forma multidisciplinar. Envolve profissionais e voluntários do Programa Composta Santos, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além de representantes da Universidade Federal de São Paulo, Universidade Paulista e do programa nacional Mesa Brasil Sesc.

Em formato de parceria com os feirantes, o Feira Feliz coleta hortaliças e verduras que até então seriam descartadas pelos comerciantes. Uma triagem do material é feita na barraca do projeto e, em seguida, destinada a três diferentes segmentos: alimentação humana (Mesa Brasil), enriquecimento de alimentação animal e compostagem para adubo (Orquidário).

Somente na quarta-feira (9/11), em pouco mais de duas horas de trabalho, o Feira Feliz coletou 66,3 quilos entre folhas, cascas, palhas e verduras. Desse total, 18,1 quilos (27,30%) foram destinados para consumo humano, 6,9 quilos (10,41%) prontos para enriquecimento de alimentação animal e 41,3kg (62,29%) voltados à compostagem.

A barraca do Feira Feliz também conta com educação ambiental. Além de orientar frequentadores sobre como criar uma caixa de compostagem, o projeto cede gratuitamente pequenas garrafas de biofertilizantes para quem desejar.

Para o coordenador do Programa Composta Santos, Paulo Marco Gonçalves, o projeto santista segue ‘ganhando corpo’ e, a partir do próximo ano, ampliará suas ações.

“O Feira Feliz foi oficializado neste semestre, mas ações de reaproveitamento de alimentos acontecem na Cidade desde 2019. Crescemos, hoje temos respaldo de universidades, parceria com um programa nacional, e toda essa estrutura nos dará densidade para multiplicar nossas ações a partir de 2023”, concluiu Paulo Marco.