O segundo dia do evento ‘Encontro Internacional LAB Narrativas Climáticas – O Sul Global No Centro Das Soluções Para o Bem Viver’, nesta quinta-feira (20), na sede do Instituto Procomum, teve a roda de conversa “Qual o tamanho do problema quando falamos em crise climática? Olhares sobre dados e informações na construção de soluções efetivas”, com a presença do coordenador da Defesa Civil, Daniel Onias, e do chefe de Departamento de Políticas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Ouvidoria, Transparência e Controle (Depods/OTC), Fábio Tatsubô.
Onias apresentou como funciona a gestão de risco e de desastres em Santos, mostrando o histórico de desastres, as perspectivas de problemas futuros em relação às mudanças climáticas e os planos de contingência do Município. “É muito importante trazer essas informações para os participantes do evento, com o trabalho de pesquisadores de várias áreas, possam trazer propostas com a visão de outros setores, inclusive da comunidade científica. Nessa troca de informações, aprendemos muito e todos ganham”, afirma o coordenador da Defesa Civil.
A coordenadora do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas (NPH), Unisanta, Alexandra Sampaio, expôs o funcionamento do sistema de alertas antecipados para ressacas marítimas, alagamento e chuvas intensas na Baixada Santista em apoio à adaptação climática. O NPH é parceiro da Prefeitura de Santos para a pesquisa das condições do mar e recebimento de alertas. ODS “Mudança climática é uma pauta urgente e ela está acontecendo no dia a dia. Temos a questão do Rio Grande do Sul, que é relacionada com isso, e amanhã, dia 21, iniciamos o inverno com uma temperatura muito acima da média. Precisamos integrar atores, como a Defesa Civil e a sociedade civil engajada para que a gente possa achar as soluções. Isso é ODS na prática”, afirma Tatsubô.
Também participaram da roda de conversa, mediada pela representante da Rede para uma Adaptação Antiracista, Thaynah Gutierrez, a diretora executiva e cofundadora do data_labe, Clara Sacco. A organização é um laboratório de dados e narrativas na favela da Maré, no Rio de Janeiro.
NARRATIVAS CLIMÁTICAS
O evento, promovido pelo Instituto Procomum, tem o objetivo de construir uma agenda dedicada à justiça climática, além de soluções inovadoras para adaptação climática por meio de políticas, mídia e desenvolvimento resiliente. As atividades vão até sábado (22), quando os inscritos devem discutir, em um formato de laboratório, os temas tratados durante os dois primeiros dias do Encontro. Essa prátiva dará início a um processo imersivo, com mentorias focadas em criar narrativas e abrir diálogos sobre mudanças climáticas e soluções cidadãs na Baixada Santista. Os projetos serão conhecidos dentro de um mês.
