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Por que junho é o mês do orgulho LGBT+? Entenda a história

03/06/2024
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Junho é reconhecido mundialmente como o Mês do Orgulho LGBT+, em homenagem a um marco histórico na luta pelos direitos dessa comunidade. Em 28 de junho de 1969, frequentadores do Stonewall Inn, um bar gay em Greenwich Village, Nova York, enfrentaram anos de violência e perseguição policial, dando início ao movimento organizado que conhecemos hoje.

Na década de 1960, a polícia de Nova York frequentemente invadia bares e clubes gays, prendendo os presentes sem motivo legal. No dia 29 de junho de 1969, uma invasão ao Stonewall Inn encontrou resistência. Frequentadores, incluindo um grupo de lésbicas, reagiram atirando pedras, tijolos e moedas contra a polícia, iniciando um confronto que se estendeu por semanas. Este evento, conhecido como a Revolta de Stonewall, é considerado o catalisador do movimento pelos direitos LGBT+.

Embora a identidade de quem iniciou a resistência em Stonewall seja incerta, muitos creditam a Marsha P. Johnson, uma ativista transexual e drag queen, um papel crucial. Ao lado de Sylvia Rivera, também transexual e imigrante latina, Marsha liderou uma passeata até o Central Park, que marcou a primeira Parada do Orgulho LGBT+. A partir desse momento, a comunidade começou a ocupar espaços públicos para reivindicar direitos básicos.

Movimentos LGBT+ no Brasil

No Brasil, o movimento LGBT+ também surgiu como resposta à violência policial, especialmente durante a ditadura militar (1964-1985). Em São Paulo, operações policiais arbitrárias visavam lésbicas e travestis, resultando em prisões e perseguições sistemáticas. Publicações alternativas como Lampião da Esquina e ChanacomChana surgiram para informar e organizar a comunidade.

Em 19 de agosto de 1983, membros do Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf) protestaram contra a proibição da distribuição do periódico ChanacomChana no Ferros Bar, em São Paulo. Este episódio é conhecido como o “Stonewall brasileiro” e deu origem ao Dia do Orgulho Lésbico.

Primeira parada do Orgulho no Brasil

Após a ditadura e a pandemia da Aids, o movimento LGBT+ se reestruturou. Em 1995, a primeira marcha LGBT+ ocorreu na Avenida Atlântica, em Copacabana. Em 1997, a Avenida Paulista recebeu a primeira Parada do Orgulho LGBT+, reunindo cerca de duas mil pessoas. Hoje, este evento é o maior do segmento no mundo.