Gabriela Martinez
Na última terça-feira (26), píer flutuante que é interligado o atracadouro por uma passarela articulada, vai permitir o acesso de cadeirantes nas embarcações que atracarem na Ponte Edgard Perdigão, na Ponta da Praia, em Santos.
A ponte é integrada por duas plataformas em concreto armado, o píer, que é formado por duas peças, totaliza 4,80m de largura, 12m de comprimento e 1,05m de altura, com peso de 24 toneladas
Isso é nada mais que mais uma etapa do processo de revitalização desse espaço esportivo-turístico realizado pela Prefeitura, que tem como objetivo principal garantir mais segurança e acessibilidade ao atracadouro.
O local recebe embarcações de passeio e de pesca, escunas e as barcas que fazem a travessia para a Praia do Góes, o bairro de Santa Cruz dos Navegantes e para a Fortaleza da Barra, em Guarujá.
Esses trabalhos envolvem os 992,17m² da ponte e estão sendo realizados em etapas para não prejudicar a prestação de serviços e o atendimento ao público, de acordo com o secretário Wagner Ramos, titular da Seserp.
O píer flutuante de acessibilidade possui uma passarela de aço dotada de guarda-corpo, obedecendo às normas da Marinha; piso em madeira tratada e antiderrapante; cinco poitas de concreto, cada uma com 3,5 toneladas, e correntes de ancoragem.
Poita é um bloco de concreto que é destinado a fundear um barco ou uma construção, mantendo-os em uma posição fixa. A peça funciona como uma âncora, é a principal responsável por pescarias na modalidade apoitada, já que é ela que segura o barco.
“Os dois flutuantes, preenchidos com EPS, são revestidos por uma camada de concreto e não dispõem de nenhuma parte oca”, declarou Wagner Ramos, ressaltando que as peças são consideradas insubmersíveis, mesmo em caso de rompimento das paredes por choques. EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido. Cada flutuante conta com quatro alças em aço inox para a ancoragem e fixação das correntes às poitas.
O secretário ainda prosseguiu dizendo que o projeto de revitalização da ponte encontra-se na etapa final: “O prédio já conta com painel decorativo no pórtico de entrada, e os itens da comunicação visual e pisos podotáteis já estão instalados”.
Os serviços, que foram iniciados com o reforço estrutural das 56 pilastras de sustentação da ponte, a cargo de mergulhadores, também foram interrompidos em períodos de chuvas, ressacas e movimentações de marés, por questões de segurança. “O trabalho subaquático foi a parte mais importante da obra e norteou todo o reforço da parte estrutural”, afirmou o secretário.
Esse projeto envolveu também substituição do piso de madeira por um de concreto no atracadouro, demolição de uma das escadas para construção de dois sanitários acessíveis, renovação dos sistemas elétrico e hidráulico, construção de bancos em concreto e de uma escada em concreto armado, interligando os pisos térreo e superior, substituindo a antiga estrutura metálica.
A fachada também foi revestida com pastilhas de porcelana e o 1º andar ganhou esquadrias, pergolado de madeira e guarda-corpo em aço inoxidável. A área dos dois piers de atracação terá 30 postes com lâmpadas de LED.
O espaço externo da entrada da Ponte Edgard Perdigão terá um bicicletário em inox e, nas proximidades do equipamento, será instalado um conjunto de chuveiro e lava-pés. O projeto da Prefeitura também obteve a modernização do elevador.
O projeto original é de autoria do arquiteto Carlos Prates, que avalizou o processo de revitalização da ponte.
As obras somaram um investimento de R$ 6.717.378,97, sendo R$ 5.272.123,07 provenientes do Dadetur, do governo estadual e do orçamento municipal.