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Policiais agridem estudantes durante votação de escolas cívico-militares

22/05/2024
Reprodução/ Deputada Thainara Faria

Alunos que protestavam contra a o projeto das escolas cívico-militares, aprovado na última terça-feira (21) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foram agredidos por agentes policiais com cassetetes.  As agressões foram registradas em vídeo por testemunhas.

Em pelo menos dois momentos foram registradas as agressões: O primeiro episódio ocorreu no corredor que dá acesso ao Salão dos Espelhos, onde os policiais militares do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), com escudos, se enfileiraram. Ao passar pelo “corredor policial”, os estudantes foram agredidos com golpes de cassetete. Um dos policiais chegou a aplicar um golpe de mata-leão, proibido pela instituição desde 2020, em uma manifestante e arrastá-lo pelo chão.

Durante o intervalo da sessão, antes da votação do projeto, alguns jovens ainda invadiram o plenário. Em retaliação, um dos manifestantes também foi agredido com golpes de cassetete. Outros dois estudantes foram imobilizados e arrastados para fora do plenário sob os gritos de “liberdade já” dos protestantes.

Pelo menos sete estudantes foram detidos e encaminhados ao posto da Polícia Civil da Assembleia. Durante o trajeto, um dos jovens gritou à imprensa em protesto à conduta dos PMs: “Que vergonha deve ser bater em um estudante para comer”.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que a PM acompanha a manifestação “para garantir a segurança dos participantes do ato e de pessoas no plenário, em votação. Até o momento, sete manifestantes foram detidos após tentarem invadir o local. As imagens serão analisadas pela PM e a ocorrência será apresentada na delegacia do Campo Belo”.

Questionada sobre a conduta dos agentes, a Polícia Militar não respondeu até a última atualização desta reportagem.