Bom Remédio

Picadas de escorpião

12/01/2019
Picadas de escorpião | Jornal da Orla

O Ministério da Saúde tem alertado para o risco de acidentes com escorpião. Esses animais pertencem a uma classificação zoológica denominada de artrópodes. São “parentes” próximos das aranhas e distantes dos demais insetos. São animais de áreas quentes e úmidas que se alimentam de outros insetos. Adaptou-se à área urbana devido à grande fonte de alimentos, as baratas. Por serem venenosos, são perigosos. Estima-se em mais de 300 mortes por ano causadas por suas picadas que aumentam ano a ano.

Reduzir a infestação por baratas é uma forma de prevenir esse tipo acidente. Há de se chamar a atenção para o fato das crianças serem mais suscetíveis à acidentes fatais. Portanto, elas precisam ser orientadas para não mexer pedras, troncos de árvores ou buracos, pois são os locais de predileção dos escorpiões. Há quatro tipos desses animais no Brasil, sendo um deles o mais comum, o escorpião amarelo.

A picada do escorpião apresenta dor imediata, vermelhidão e inchaço leve na região da picada. Ainda, haverá aumento de suor e os pelos tendem a ficar em pé. O quadro nas crianças pode ser mais grave e apresentar vômito e diarreia. Ao ser picado, o ideal é levar o escorpião, ou a sua foto, para o pronto atendimento mais próximo.

Não faça qualquer outro procedimento como sugar, cortar ou usar qualquer substância no local. O que é possível fazer é manter a vítima deitada e calma; lavar o local da picada com água e sabão; oferecer goles de água; e manter o membro onde foi picado mais elevado. Se necessário, o acidentado irá receber um soro específico contra o veneno de escorpião.

Assim como todo soro, o antiescorpiônico é produzido injetando-se pequenas porções do veneno em cavalos (sem matá-los), que irão produzir um anticorpo contra o veneno. Pequenas porções de sangue são retiradas do equino e purificadas. Soluções com esses anticorpos são embalados em ampolas a serem injetadas nas pessoas acidentadas. Nos casos graves são usadas até quatro ampolas. O soro somente é disponibilizado em hospitais referência da rede pública. Não é comercializado.

No serviço de saúde, o acidentado será observado por um período mínimo de 6 horas, principalmente quando criança. Em crianças ou idosos, o quadro nunca é considerado leve. Poderá receber analgésicos ou anestésicos, dependendo da intensidade da dor.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.