Pesquisadores de São Vicente desenvolveram uma ‘árvore líquida’, um mecanismo que retém dióxido de carbono (CO2) e libera oxigênio na atmosfera. Denominado Life Tree, o fotobiorreator foi desenvolvido pelo Grupo Life Service ao longo de dois anos e já foi exibido em diversos eventos de grande porte.
Segundo a empresa responsável, o Life Tree é capaz de realizar o trabalho de até 40 árvores na retenção de CO2. Atualmente, existem apenas seis modelos prontos, cada um com formatos distintos. O modelo instalado na empresa é uma versão em forma de palmeira, que utiliza aproximadamente 100 litros de água por tubo.
Funcionamento
O sistema utiliza microalgas adaptadas à água doce comum. Com 2,7 metros de altura, a árvore líquida possui placas fotovoltaicas nas folhas, garantindo uma fonte de energia limpa. Dentro dos tubos, há uma mistura de dois tipos de microalgas marinhas e uma cianobactéria, essenciais para o processo de troca gasosa realizado pelo biorreator localizado na base dos tubos.
Durante o processo, as microalgas e cianobactérias absorvem o CO2 e liberam oxigênio de volta à atmosfera. Quando a árvore atinge a saturação de carbono, o material acumulado é retirado e transformado em biofertilizante ou suplemento alimentar.
Santos
A Secretaria de Meio Ambiente de Santos já está ciente dessa tecnologia inovadora. Em nota, a Semam informou que a proposta foi submetida ao Fundo Municipal de Meio Ambiente e aprovada. O equipamento deverá ser instalado em um espaço público, possivelmente no Parque do Valongo.
O próximo passo envolve a abertura do processo de contratação. A Semam destacou que a principal finalidade da instalação do Life Tree é a educação ambiental, visando conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente e das tecnologias sustentáveis.