Nos últimos meses, o medicamento Ozempic, utilizado principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2 e para controle de peso, tem enfrentado uma grave escassez em várias regiões por conta da alta demanda. Essa situação não apenas tem gerado preocupações entre pacientes que dependem do medicamento, mas também levantado questões sobre a gestão de medicamentos essenciais e os desafios enfrentados pelo sistema de saúde.
Em junho deste ano, a fabricante do Ozempic, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, divulgou um comunicado sobre a escassez do produto no mercado. “Haverá disponibilidade intermitente da apresentação de Ozempic 0,25 mg, 0,5mg e 1mg ao longo de 2024, devido à demanda maior que a prevista”, diz. Ela afirma que o estoque deve ser reestabelecido de forma gradual, devido à complexidade logística da distribuição.
Em um comunicado deixado nas bancadas das farmácias diz que “O medicamento Ozempic está com abastecimento irregular, sem previsão de normalidade. Para que o paciente não interrompa o seu tratamento, existem outras opções com o mesmo principio ativo (semaglutida). Lembrando que qualquer mudança deve ocorrer com a orientação de seu médico”.
As duas opções listadas pela drogaria são o Wegovy e o Rybelsus. O Wegovy também é produzido pela Novo Nordisk, e a base do medicamento é a mesma do Ozempic, a semaglutida, mas em doses mais altas. Ele é aprovado para tratar sobrepeso e obesidade associados a pelo menos uma comorbidade, como diabetes tipo 2 e hipertensão.
O Ozempic (semaglutida) é um medicamento usado no tratamento do diabetes tipo 2 e, frequentemente, para controle de peso. Ele atua aumentando a produção de insulina e diminuindo a liberação de glucagon, o que ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue e a reduzir o apetite. Para emagrecimento, ele é utilizado como off label, ou seja, fora das indicações da bula.
