Receio da comunidade internacional é de que as vacinas disponíveis atualmente não sejam eficazes contra ela
A nova variante do novo coronavírus descoberta no continente africano e em Hong Kong deixa em alerta a comunidade internacional. Na sexta (26/11), a Organização Mundial da Saúde a batizou como Ômicron e classificou como uma Variante de Preocupação – que requer ações urgentes por parte dos governos em relação às medidas de combate à disseminação do vírus.
De acordo com a entidade, a decisão foi tomada por conta da grande quantidade de mutações apresentada pela Ômicron, sendo que algumas delas têm características preocupantes. A variante possui uma proteína de espigão diferente daquela do coronavírus original, no qual as vacinas contra covid-19 se baseiam – o que aumenta o receio de que os imunizantes disponíveis não sejam eficazes contra ela.
Fronteiras na Europa
Na sexta, União Europeia (UE) e Reino Unido anunciaram que o controle em suas fronteiras será mais rigoroso. Na Inglaterra, o governo pediu que os britânicos que estejam retornando de viagens à África entrem em quarentena. A UE recomendou suspensão dos voos para países afetados pela Ômicron. Na Bélgica, um caso da nova variante foi detectado em uma pessoa que não estava vacinada.
Brasil
No Brasil, a Anvisa emitiu nota recomendando ao governo que adote medidas de restrição para voos e viajantes procedentes da África do Sul, de Botsuana, de Eswatini, do Lesoto, da Namíbia e do Zimbábue.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro disse que não tomará nenhuma “medida irracional”. “O Brasil, o mundo, não aguenta um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma medida apropriada”, disse Bolsonaro.