Fronteiras da Ciência

O trem da vida

22/09/2023
Pixabay

Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso.

A nossa existência pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.

Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.

Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco: são nossos pais.

Infelizmente, isso nem sempre é possível. Em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis.

Mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir conosco: são nossos irmãos, amigos, amores.

Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precise.

Muitas desembarcam e deixam saudades eternas. Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede que, durante o percurso, nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.

Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, e despedidas.

O importante é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor.

Devemos lembrar que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisemos entendê-los, porque também fraquejaremos muitas vezes e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.

A grande diferença, afinal, é que no trem da vida jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação desembarcarão nossos amores.

Porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos.

[com base em texto de Silvana Duboc e na Red. do Momento Espírita]

Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali.

Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o trem.

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