Nas monarquias, um dos grandes dilemas se refere à linha de sucessão. De um modo geral, bem estabelecida.
Por vezes, algumas dificuldades se apresentam se o monarca pretende que quem o suceda dê continuidade aos seus projetos e não simplesmente o filho mais velho.
Assim era o caso daquele rei, envelhecido nos anos e que começou a cogitar a qual dos 4 filhos deveria confiar a coroa.
Por isso, principiou a ter longas entrevistas, em particular, buscando saber qual deles teria o melhor a oferecer ao reino.
O primeiro entrevistado sintetizou a sua vontade de suceder ao pai. Ele era possuidor de imenso tesouro, amealhado ao longo dos anos e estava disposto a colocar todos esses recursos a benefício do reino.
Isso significaria que o reino poderia ser considerado o mais rico dentre todos.
O segundo filho, alegou ser o mais inteligente dentre os irmãos.
Dessa forma, colocaria sua inteligência a serviço do reino. Poderia promover melhorias na indústria e na agricultura.
O terceiro filho foi mais direto. Ele não tinha tantas riquezas quanto o primeiro irmão, nem podia dizer ser mais inteligente do que o segundo. Mas, ele tinha um predicado muito importante. Era possuidor de muita força.
Ele vencia todos os torneios em que a força fosse a tônica. E seria com sua força que reinaria.
Os exércitos seriam treinados para terem os soldados mais fortes, a guarda pessoal do rei seria imbatível.
Finalmente, o quarto filho chegou para a entrevista. Inquirido a respeito do que teria a oferecer ao reino, foi preciso:
-Meu pai, não tenho tesouros guardados, nem sou possuidor de inteligência extraordinária ou de grande força.
-Meus irmãos passaram anos cultivando esses valores. Eu tenho vivido no meio do povo. Não tive condições de seguir o exemplo de qualquer um deles.
-Estou com os que adoecem, com os que se mostram tristes, com os que apresentam desânimo. Trabalho com eles, estou com eles, falo com eles.
-Ofereço o medicamento para o corpo e boas palavras para os seus dias de luta. Portanto, a única coisa que tenho para oferecer é o meu amor pelo povo. Não ficarei desapontado se não for nomeado seu sucessor.
Quando o rei morreu, o povo aguardou, com ansiedade, a notícia de quem seria o novo soberano.
E uma grande alegria ecoou em todos os corações quando souberam que o quarto filho fora nomeado sucessor.
[com base em texto de Donald E. Wildmon e na Red. do Momento Espírita]
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