Digital Jazz

O som mágico e atemporal da Filadélfia

30/06/2023
O som mágico e atemporal da Filadélfia | Jornal da Orla

Destaque para a incrível sonoridade que ficou conhecida como o “Som da Filadélfia”, que teve seu auge na década de 70 e que tinha como grande característica reunir os gêneros Swing, o Clássico, o Jazz, o R&B, o Funk e o soul, nos seus arranjos instrumentais, sempre muito vibrantes, apresentados por um naipe afinado de metais, orquestra de cordas, bateria, teclados, guitarra e também o vibrafone.

Impressionante ressaltar que o som gravado na época, continua extremamente atual nos dias de hoje, parecendo até que acabou de sair do estúdio.

Um som de vanguarda e de intensa qualidade, que vai durar para sempre.

Muitos artistas foram formados nesta escola: os cantores Billy Paul, Lou Rawls, Teddy Pendergrass, os grupos The O’Jays, Harold Melvin & The Blue Notes, The Stylistics, The Tramps, The Three Degrees e muitos outros. Um verdadeiro “dream team”.

Destaque também para os seus grandes mentores musicais, os produtores Kenny Gamble e Leon Huff, nomes importantíssimos e muito criativos, que fundaram a Philadelphia International Records, selo que virou grande referência desta sonoridade. Também merece destaque o pianista, compositor, arranjador e produtor Thom Bell, outro gênio da música.

O grupo MFSB, produzido por Gamble & Huff, é uma história à parte e é sem dúvida, um dos meus grupos musicais favoritos.

A começar pelo nome, uma abreviação criativa de Mother, Father, Sister & Brother que lançou grandes discos, que viraram marca registrada desta fase.

Só para lembrar os discos “Love Is The Message” e “MFSB” (1973), “The Three Degrees & MFSB” (1974), “Universal Love” e “Philadelphia Freedom” (1975), “Summetrime”(1976), “MFSB – The Gamble – Huff Orchestra” (1978) e “Mysteries Of The World” (1980) são indispensáveis para aqueles que querem se aprofundar nesta sonoridade.

São bolachas raras, que devem ser perseguidas com determinação nas suas pesquisas nos sebos de discos. No formato CD, são poucos e raros os registros lançados no mercado.

Eles tinham em mente apenas uma coisa: entrar no estúdio para arrasar quarteirões. Simplesmente uma orquestra de mais de trinta músicos sedentos por boa música realizava o que podemos chamar de “música de qualidade”. Os temas que gravavam, logo emplacavam nas paradas e caíam no gosto do público e, saiba também, que foram eles que deram as boas-vindas à “Era Disco”.

MFSB – uma super banda/orquestra, referência musical forte e marcante na minha trajetória de vida, assim como o “Som da Filadélia”.

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