O melindre costuma causar estragos nas relações humanas. Por excesso de sensibilidade, amizades são rompidas e grupos se desfazem.
Existem pessoas que se ofendem com muita facilidade. Identificam intenções ofensivas nas coisas mais corriqueiras.
Uma simples brincadeira ou uma palavra mal escolhida podem fazê-las se sentirem gravemente ofendidas.
Criaturas assim ficam sempre atentas aos atos e dizeres dos outros. Se encontram qualquer coisa, remotamente parecida com uma crítica, se melindram.
Esse modo específico de sentir revela uma grande vaidade. Essas pessoas se imaginam o centro das atenções onde quer que se encontrem.
Justamente por isso, acreditam que tudo o que é feito ou dito à sua volta se refere a elas.
Porém, a realidade é que investimos muito pouco tempo nos preocupando com os demais.
Cada um de nós tem sua vida e seus problemas.
Então, não nos imaginemos o centro do mundo. Os outros não falam ou agem com o firme propósito de nos agredir, de nos ofender. Eles nem pensam muito em nós.
Não vejamos ofensas onde elas não existem. Preocupemo-nos, sim, com a essência das coisas.
O corre-corre do mundo moderno nem sempre permite que tudo seja dito ou feito com a suavidade desejável.
Certamente, nós também, inúmeras vezes, proferimos palavras sem desejar que firam a quem quer que seja. Mas acontece.
Muitos de nossos atos e palavras podem ser mal interpretados.
Ocorre que, quem procura razão para se sentir ofendido, certamente encontrará. Trata-se, principalmente, de um estado de espírito.
Não nos imaginemos mais importantes do que somos. Vivamos com leveza.
Se alguém criticar algo que tenhamos feito, não nos ofendamos. A crítica nem sempre é destrutiva.
Aceitemos que, às vezes, erramos. As observações dos amigos podem nos auxiliar a sermos melhores.
[com base na Red. do Momento Espírita]
Em um ambiente descontraído, com frequência, alguém é motivo de piadas.
Trata-se de uma dinâmica especial de certos locais. E a intenção raramente é ofender.
Evidentemente, sem ultrapassar limites.
Sem uma certa dose de sinceridade e espontaneidade, resta somente a formalidade e a hipocrisia. Em um clima hipócrita, nada de real se cria e ninguém se sente seguro e à vontade.
Assim, sejamos leves em nosso viver. Não nos ofendamos a todo instante, por tudo e por nada.
Isso apenas nos isolará dos demais, sem qualquer resultado útil.
…
Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.