Com trabalhos reconhecidos no Brasil e no Exterior, escritora e jornalista consagrada, Adriana Carranca iniciou sua carreira no Jornal da Orla. Nesta edição, ela conta como tudo começou:
“Minha relação com o Jornal da Orla tem algo de memória afetiva. O jornal me acompanha desde pequena. Eu me lembro muito bem quando eu era criança e a minha mãe perguntava para o porteiro se o Jornal da Orla havia chegado. Se ainda não chegou, guarda um pra mim, dizia ela”.
“Anos depois o Jornal da Orla foi o primeiro jornal que me deu espaço para escrever. Eu estava terminando a faculdade. Me lembro até hoje de uma matéria que escrevi, que foi sobre os cem anos de cinema, onde conheci um monte de gente bacana de Santos, descobri que a Telma de Souza era cinéfila. Uma matéria que tenho guardada até hoje”.
Adriana Carranca lamenta que os jornais regionais estejam acabando pois considera que eles são extremamente importantes.
“Eles ajudam a criar um senso de comunidade, até de carinho pela cidade. Portanto, nada substitui os jornais regionais”.
Em tempos de fake News, a jornalista destaca a importância de veículos de comunicação confiáveis.
“Os jornais, de certa forma, são o registro da história de nossos tempos. Daqui cem, duzentos anos, as pessoas que quiserem ter um registro do que aconteceu no maior porto da América Latina terão de recorrer aos jornais, porque na internet são veiculadas muitas notícias falsas”.
