Normalmente, não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós somos. Se honestos, vemos honestidade nas pessoas. Se positivos, vemos o bem nos outros. Os dissimulados vêem falsidade no olhar de todos e, ainda por cima, são desconfiados. Agimos de acordo com aquilo que somos.
Aqueles que se encantam com pequenas coisas e assumem a verdade sobre si mesmo, são privilegiados. Os que adotam atitudes duvidosas, se valendo de artifícios para esconderem o seu “eu”, são infelizes e incapazes de fazerem alguém feliz. Mentem para os outros e, o que é pior, para si mesmo.
Como uma magia, um quase nada separa o encanto do desencanto. A linha que os divide é tênue e frágil.
Tanto um quanto o outro acontece nos detalhes e o curioso é que, às vezes, perplexos, optamos por não prestarmos atenção nesses pormenores para, propositalmente, não vê-los, tentando evitar o desencanto.
Em vão. Mais cedo ou mais tarde, o fantasma do engano desaparece, dando lugar a tudo o que é verdadeiro. A vida se encarrega de colocar todas as coisas e pessoas nos seus devidos lugares.
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